Entidades do setor portuário e de hidrovias lançam ‘Carta ao Mundo’, em defesa da navegação interior
ADECOM, ABANI, AMPORT, ATP e FENOP destacam que comboio fluvial transporta o equivalente a centenas de caminhões, com emissões drasticamente reduzidas e ganhos logísticos para o agronegócio, a indústria e o Brasil
Cinco entidades que representam o setor de portos e hidrovias no Brasil lançaram um manifesto, na COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em defesa da navegação interior como um “transporte mais limpo, eficiente e inclusivo”. Divulgado na noite desta segunda-feira (17/11), o documento, intitulado “Carta ao Mundo - COP30: A força sustentável das Águas Interiores”, destaca que o país, com uma das maiores redes hidrográficas do planeta, é cortado por “verdadeiras estradas naturais” (Amazonas, Tocantins, Madeira, Tapajós, São Francisco, Paraná, Paraguai, entre outras) que unem regiões, impulsionam economias e respeitam o meio ambiente.
A “Carta” foi elaborada em conjunto pela ADECOM (Agência de Desenvolvimento Sustentável das Hidrovias e dos Corredores de Exportação), ABANI (Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior), AMPORT (Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica), ATP (Associação de Terminais Portuários Privados) e FENOP (Federação Nacional das Operações Portuárias). A navegação interior, diz o documento, é mais do que um modal logístico: é um ativo estratégico para o desenvolvimento sustentável.
As entidades ressaltam que um comboio fluvial transporta o equivalente a centenas de caminhões, com consumo energético muito menor e emissões drasticamente reduzidas. Isso se traduz “em ganhos logísticos, competitividade para o agronegócio e a indústria, e uma contribuição decisiva para a descarbonização do setor de transportes”.
“Os setores portuário e de navegação interior também estão investindo em tecnologias de ponta e novos projetos de descarbonização das operações, incluindo o uso de energia renovável nos terminais, combustíveis verdes, embarcações mais sustentáveis e a realização de dragagens essenciais para garantir eficiência, segurança e menor impacto ambiental na navegação. Assim, reafirmamos nosso compromisso com a redução das emissões, a transição energética e um futuro para as novas gerações, baseado no desenvolvimento sustentável do país e alinhado às exigências globais”, diz Murillo Barbosa, presidente da ATP.
A “Carta ao Mundo – COP30”., além do presidente da ATP, é assinada pelos presidentes das outras quatro entidades: Adalberto Tokarski (ADECOM), José Rebelo III (ABANI), Flávio Acatauassú (AMPORT) e Sérgio Aquino (FENOP).
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