Apesar do cenário desfavorável, a CEVA – que divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2016 – registrou resultados positivos, acompanhando a tendência de 2015. Os volumes de transporte aéreo e marítimo da companhia aumentaram 1,5% e 1%, respectivamente.“Em momentos de oscilação econômica, é muito importante retermos nossos talentos e prepararmos a equipe para a retomada que certamente deverá acontecer”.

De acordo com o CEO da CEVA, Xavier Urbain, a alta no volume de transporte aéreo se deve a um congestionamento de portos na Costa Oeste dos EUA. “Um foco mais forte de vendas em campo levou a uma série de negócios fechados com pequenas e médias empresas, incluindo rotas comerciais da Europa para a Ásia ou da América Latina para a Europa”, comentou.

Mesmo as turbulências do mercado afetando todos os players do setor, Fábio Mendunekas, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da CEVA Logistics na América do Sul, aponta que apesar da crise anunciada “é importante considerar que são nesses momentos que surgem oportunidades de oferecer novos serviços a clientes e aumentar a produtividade das operações”.

Para ele, é preciso focar em redução de custos, eliminação de desperdícios, multiplicação de tarefas, treinamento e capacitação. “Em momentos de oscilação econômica, é muito importante retermos nossos talentos e prepararmos a equipe para a retomada que certamente deverá acontecer”.

A companhia que registrou uma EBITDA de US$ 10 milhões da área de Gerenciamento de Fretes aponta que o número reflete um crescimento em relação ao mesmo período no ano anterior de 57,1% em moeda constante, apoiado pela forte atividade da rota comercial tendo a China como origem ou destino como um importante fator contribuinte.

“Em termos de mercado, continuaremos atuando nos principais segmentos, entre eles, automotivo, industrial, tecnologia, energia, consumo e farmacêutico. Temos conquistado êxito com a profissionalização dos processos, trazendo mais benefícios aos clientes, mantendo e renovando os negócios que possuímos”, aponta Mendunekas.

Que prevê para 2016 uma expectativa de encerrar com um crescimento entre 5% a 10%. Para atingir essa meta, entre as medidas ele cita a diversificação de setores de atuação para evitar dependência de um setor especifico. “Os setores automotivo e industrial se encontram em baixa, porém, os setores de consumo se mantêm, ainda que tímido, mas em crescimento”. Falando especificamente sobre soluções, ele comenta o investimento realizado na otimização e redesenho das malhas de coleta e distribuição de mercadorias “proporcionando aos nossos clientes reduções de custos consistentes e aprimoramento na qualidade de nossos serviços”, ressaltando ainda que todo processo é sustentado através de uma enorme gama de processos, ferramentas e sistemas que garantem aos clientes a constante identificação de potenciais melhorias e continuidade do procedimento.