Infraestrutura pode ter aporte de R$ 1,5 bi
Fundo pode injetar recursos impulsionando futuras concessões
Por meio do FGIE (Fundo Garantidor de Infraestrutura) o governo planeja injetar recursos para viabilizar até R$ 40 bilhões em investimentos no setor. A intenção é usar imóveis em posse da União para direcionar até R$ 1,5 bilhão ao fundo e impulsionar futuras concessões. O valor deve ser aportado gradualmente até 2018 e se somará aos R$ 500 milhões que entrarão já no próximo mês.
A intenção dos gestores é que o fundo preencha duas lacunas que hoje atrapalham os aportes no setor: a ausência de garantias para os chamados “riscos não gerenciáveis”, que incluem atrasos em licenciamentos ou sobrecustos gerados por eventos extraordinários como desastres naturais, e a falta de suporte para as debêntures de infraestrutura, colocadas como opção para financiar os empreendimentos, mas com baixa procura. Com isso, o governo pretende elevar o apetite dos investidores.
“A gente percebe que existe uma falha, uma lacuna. São esses riscos que o FGIE vai absorver. Não temos nenhuma pretensão de assumir riscos que o mercado absorve, não vamos concorrer”, disse o presidente da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), Marcelo Pinheiro Franco. A ABGF é a gestora do FGIE.
Com os R$ 500 milhões que serão aportados em agosto, a agência já quer estruturar a primeira operação do fundo, criado no fim de 2014. Esse valor é suficiente para conceder R$ 2,5 bilhões em garantias e viabilizar até R$ 10 bilhões em investimentos. O “ensaio inicial” virá com concessões de rodovias. “Nosso objetivo agora é preparar um programa para essa segunda etapa do PIL (Programa de Investimentos em Logística), e a expectativa é que ocorra nos próximos meses e ao longo de 2017”, afirmou Franco.
Até o fim de 2017, a projeção é que o capital do fundo chegue a R$ 1 bilhão. Pelo cronograma, a operação seguiria até o fim de 2018, quando o capital do FGIE pode chegar a R$ 2 bilhões. O fortalecimento do FGIE faz parte do pacote de estímulo ao crescimento que está sendo preparado pelo governo. O anúncio de quais obras devem entrar no pacote de concessões do governo, porém, deve ser feito apenas após a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
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