Balança comercial registra superávit de quase US$ 8 bi

Com aumento nas exportações e quedas vertiginosas nas importações, o País reverte os resultados atingidos no mesmo período de 2015


Até a quarta semana de março, a média diária das exportações brasileiras está em US$ 749,1 milhões, valor 2,9% menor que a verificada em todo o mês de março do ano passado (US$ 771,8 milhões), em razão da queda nas vendas de produtos manufaturados (-3,7%), principalmente óxidos e hidróxidos de alumínio, laminados planos de ferro e aço, motores para automóveis, autopeças, motores e geradores elétricos, bombas e compressores, suco de laranja não congelado.


Na mesma comparação, observa-se também queda de exportações de básicos (-2,7%), especialmente, minério de cobre, minério de ferro, petróleo em bruto, farelo de soja, café em grãos, arroz em grãos. Por outro lado, cresceram as vendas de semimanufaturados (2,3%), alavancadas por borracha sintética e artificial, óleo de soja em bruto, catodos de cobre, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto.


As importações, até a quarta semana do mês, apresentaram média diária de US$ 527,9 milhões, valor que foi 29,7% abaixo da média de todo o mês de março de 2015 (US$ 750,8 milhões), em especial pela queda nos gastos de siderúrgicos (-43,1%), aparelhos eletroeletrônicos (-41,9%), veículos automóveis e partes (-39,5%), combustíveis e lubrificantes (-36,6%), produtos químicos orgânicos e inorgânicos (-31,6%) e produtos plásticos (-28,4%). Na comparação com fevereiro de 2016, que registrou média diária de US$ 542,4 milhões, a queda foi de 2,7%, impactada pelas vendas de combustíveis e lubrificantes (-18,2%), produtos químicos orgânicos e inorgânicos (-12,3%), farmacêuticos (-5,5%), produtos plásticos (-3,3%) e aparelhos eletroeletrônicos (-1,6%).


A balança comercial brasileira está atualmente em superávit de US$ 7,946 bilhões, resultado mais favorável do que o déficit registrado no mesmo período de 2015, na marca dos US$ 5,941 bilhões. Embora as exportações tenham acumulado uma média diária de US$ 668 milhões (3,9% a menos do que no mesmo período de 2015, quando a média era de US$ 695 milhões), as importações apresentaram desempenho médio diário 33,6% abaixo do registrado no mesmo período de 2015, o que gerou o superávit. No ano, a corrente de comércio já soma US$ 68,205 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,196 bilhão, 19,7% a menos do que o verificado em 2015 (US$ 1,490 bilhão).

Porto de Santos

O Porto de Santos bateu o recorde de movimentação de cargas para o mês de fevereiro. Pela primeira vez, o mês atingiu a marca de 9 milhões de toneladas, superando a até então melhor marca, verificada em 2015, quando operou 8,54 milhões de toneladas. As exportações de açúcar, milho e soja apresentaram o melhor resultado histórico para o mês.


Na balança comercial, Santos respondeu por 30,7% da movimentação brasileira, aumentando em 4,3 pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano passado: foram US$ 13,9 bilhões movimentados em cargas na corrente comercial.


O resultado foi impulsionado, mais uma vez, pelas exportações. Os principais produtos de granéis vegetais sólidos (açúcar, milho e complexo soja) obtiveram os melhores resultados para o mês, com crescimento de 14,1% em relação a fevereiro de 2015. Foram 2,35 milhões de toneladas exportadas no complexo de grãos (especialmente a soja), também apresentando crescimento de 16% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em segundo lugar, ficou o o açúcar, com 1,15 milhão de toneladas e crescimento de 5% em relação a fevereiro de 2015. O terceiro produto mais embarcado foi o milho, que registrou aumento de 92,5% em relação a fevereiro de 2015 e marcou 497,8 mil toneladas embarcadas.


Nas importações, houve decréscimo de 13% em relação a fevereiro de 2015. Os produtos com maior participação foram o enxofre, com 174,5 mil toneladas movimentadas, um crescimento de 15,8% em relação a fevereiro do ano passado. O sal foi a segunda mercadoria em movimentação (143,5 mil toneladas), mas registrou o maior aumento percentual: 407,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.


O movimento de containers também registrou queda de 6,3% no acumulado do ano, com 527.652 TEU contra 562.835 TEU em 2015. No mês, a redução foi de 7% (258.450 TEU em fevereiro de 2016 e 277.798 TEU em 2015). O fluxo de navios registrou queda de 1,7% no mês, com 399 atracações, contra 406 em fevereiro do ano passado.

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