Cartéis de drogas forçam MSC a suspender operações intermodais no Brasil

A MSC colocou algumas operações terrestres em espera no Brasil, com medo de cartéis de drogas trabalharem em caixas com destino à América do Norte e Europa. Em nota enviada a clientes no Brasil na semana passada pela MSC, a empresa sediada em Genebra afirmou que criminosos estavam interceptando contêineres para tentar enviar drogas para o exterior. 

A notícia chega à medida que a MSC se prepara para reforçar sua cobertura do Brasil, o maior país da América Latina, com a iminente tomada da operadora brasileira de transporte de contêineres Log-In Logística. Apreensões de drogas em navios msc deram muitas manchetes nos últimos anos e até viram as autoridades americanas retirarem temporariamente a certificação da Parceria de Comércio Aduaneiro (C-TPAT) do navio depois que um carregamento recorde de US$ 1,1 bilhão de cocaína foi encontrado no MSC Gayane em 2019.

Quase 90% de toda a cocaína, 45% de toda a maconha e 30% de todos os estimulantes do tipo anfetamina apreendidos globalmente entre janeiro de 2017 e abril de 2020 foram traficados via mar, de acordo com dados da Câmara Internacional de Navegação.

O principal porto do Brasil, Santos, foi descrito como "o World Trade Center da cocaína" em um relatório publicado no início deste mês pela InSight Crime, plataforma que cobre o crime organizado na América Latina. O porto tornou-se um "linchamento crucial" para o comércio global de cocaína, segundo o relatório, com grande parte do crescimento proveniente da ascensão do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma poderosa quadrilha de drogas que domina São Paulo.

"A quadrilha tem ampliado eficientemente seus tentáculos de tráfico de drogas por toda a região, focando especialmente no Paraguai e na Bolívia. Ao fazer isso, o PCC controla várias das principais rotas de tráfico de cocaína, com a droga sendo produzida na Bolívia e transportada através do Paraguai e do Brasil para Santos", observou o InSight Crime.


FONTE: splash247

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