Queda na exportação de produtos leva balança comercial a fechar terceira semana com déficit
Apesar do desempenho invertido da terceira semana, o Brasil ainda acumula superávit de US$ 315 milhões na balança comercial de 2016
As exportações brasileiras fecharam a terceira semana de janeiro em US$ 2,442 bilhões, enquanto as importações superaram o valor por US$ 156 milhões, ficando em US$ 2,599 bilhões. O resultado parcial não acompanha a tendência deste início de ano, segundo a qual as exportações totais, que chegaram a US$ 8,510 bilhões, ficaram 4,7% acima das importações (US$ 8,195 bilhões). Apesar do desempenho invertido da terceira semana, 2016 ainda pode manter a esperança no superávit da balança comercial, atualmente em US$ 315 milhões. Os dados foram divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Segundo a média das exportações semanais, houve retração de 19,5%, especialmente foi causada pela diminuição das exportações de produtos básicos (-39,6%), por conta de petróleo em bruto, milho em grão, minério de ferro, farelo de soja, carne bovina e minério de cobre; e de semimanufaturados (-13,6%) em função da queda nos embarques de celulose, açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas e ouro em forma semimanufaturada. Já as vendas de produtos manufaturados cresceram 5,7%, resultado influenciado pelas exportações de aviões, açúcar refinado, torneiras, válvulas e partes, autopeças, máquinas para terraplanagem, motores e geradores elétricos. Nas importações, foi registrada retração de 7,1% na média da terceira semana de janeiro em comparação com a média até a segunda semana do mês, principalmente pela queda nas compras de equipamentos mecânicos, eletroeletrônicos, químicos orgânicos e inorgânicos, plásticos e obras, instrumentos de ótica/precisão e borracha e obras.
Porto de Santos: setor agrícola impulsiona exportações
Enquanto a Balança Comercial oscila com déficit pontual na terceira semana de janeiro, o Porto de Santos fechou os números de 2015 reportando aumento de 7,9% sobre o volume de movimentação de cargas, o que significa um fluxo de 119,931 milhões de toneladas. O resultado foi impulsionado pela significativa alta de 14,4% nas operações de exportação, com forte influência dos embarques de açúcar, do chamado complexo soja (grãos e farelo) e de milho, respectivamente. As importações acusaram queda de 6,4%.
“Com participação sobre o movimento geral da ordem de 73,0%, as cargas de exportações operadas no complexo santista garantiram o desempenho positivo”, explica o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Alex Oliva.
O açúcar, commodity que mais se movimentou no porto em 2015, somou um total de 18,185 milhões de toneladas, superando em 5,3% as operações no ano anterior. Na sequência, os embarques de grãos e farelo que compõem o complexo soja chegaram a 17,772 milhões de toneladas e crescimento de 7,9%. Com 15,786 milhões de toneladas, despontaram os embarques de milho, com elevado crescimento de 76%. Destacaram-se, também, os embarques de álcool, que atingiram 1,651 milhão de toneladas, 39,7% acima do volume registrado em 2014 (1,181 milhão de toneladas) e café em grãos com crescimento de 6,3%, saindo de 1,510 milhão de toneladas em 2014 para 1,605 milhão de toneladas em 2015.
Já nas importações, a queda resultou do declínio na operação de sete das dez cargas de maior movimentação nesse fluxo, com destaque para a queda de 30% na compra de adubos, a carga de maior participação no movimento de entrada do porto. Quanto às operações de contêineres, o ano registrou um incremento de 5,5%, alcançando 41,196 milhões de toneladas, representando um incremento de 2,6% em Teus. A consignação média (média da tonelagem embarcada por navio) das cargas movimentadas no complexo santista teve aumento de 8,7%, o que significa mais produtividade, uma vez que, enquanto a tonelagem cresceu 7,9% o número de navios reduziu 0,7%. De acordo com a Codesp, a proporção reflete mais cargas movimentadas em uma quantidade menor de navios.
Cerca de 13,9% dos embarques efetuados em Santos tiveram como destino a China, 13,2% os Estados Unidos e 6,0% a Argentina. Já as descargas tiveram como proveniência a China, com 21,2$, os Estados Unidos, com 16,0% e a Alemanha, com 9,4%.
Na exportação, as 3 cargas mais movimentadas quanto ao valor foram a soja (China, Tailândia e Coréia do Sul), o café em grãos (Estados Unidos, Alemanha e Itália) e o açúcar (China, Bangladesh e Índia). Na importação ganharam destaque inseticidas (Estados Unidos, Bélgica e França), caixas de marchas (Japão, Coréia do Sul e Indonésia) e fungicidas (França, Reino Unido e Estados Unidos).
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