Safra de milho reflete em exportação

Até novembro deste ano, a exportação brasileira de milho apresentou uma alta de 119%, graças a uma safra nacional 44% superior, em comparação ao mesmo período de 2021. Além do agronegócio, quem também é impactado com essas altas são as empresas e profissionais da área de transporte rodoviário, que escoam o milho para fora do país.

Com uma produção elevada e o aumento nos preços do diesel em 2022, o mercado de fretes vivencia valores inflacionados. As tarifas por percurso atingiram máximas 120% acima da média histórica do setor. Considerando que os principais estados brasileiros produtores de milho são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás, os fretes têm como destino os portos de Santos/SP, Paranaguá/PR e da região conhecida como Arco Norte (Barcarena/PA, Itaqui/MA e Santarém/PA).

“A expectativa para 2023 é que o milho continue favorecendo o setor de transporte, embora dependa de clima e outros fatores. De acordo com a CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Apesar da quebra ocorrida na safra atual, a próxima safra tem boas estimativas. O plantio da primeira safra vem sendo realizado em grande parte dentro da janela ideal e se desenvolvendo bem. Aliado a isso, temos um cenário de neutralidade climática após o início de 2023, o que deve impactar positivamente a produção do milho safrinha”, aponta Tiago Capello, Gerente de Inteligência de Mercado da Tmov, logtech e principal marketplace de oferta e demanda de cargas fechadas do Brasil.

Outro produto agrícola que se destacou esse ano foi o açúcar. Embora no primeiro semestre o índice de exportação dele tenha apresentado uma queda de 24%, no comparativo com o mesmo período em 2021, no segundo semestre ele teve uma alta de 28%, com destaque para o mês de outubro (62% superior a outubro de 2021). “Considerando que o porto de Santos é o principal ponto de embarque de açúcar, vimos um cenário de frete, com um ticket médio até 44% acima da média histórica, no segundo semestre de 2022”, conclui o especialista.


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