Nesta terça-feira (19), a União Europeia notificou a OMC (Organização Mundial de Comércio), denunciando a China contra restrições que o país asiático estaria praticando sobre as exportações de matérias primas.

A medida vai contra as regras internacionais de comércio e é passível de retaliações legais. A demanda menciona produtos como antimônio, chumbo, cobalto, cobre, crômio, estanho, grafite, índio, magnésio, talco e tântalo, e já é a segunda notificação semelhante aplicada pela União Europeia, que havia se manifestado anteriormente contra taxas de exportação de metais e outras matérias primas. Segundo o grupo europeu, os itens são essenciais para a economia europeia, que divulgou um documento em 2013 listando-os como tal.

Em 13 de julho, os Estados Unidos haviam enviado à OMC uma demanda semelhante, acusando Pequim de aumentar desmedidamente o preço de nove itens primordiais para a indústria do país. A denúncia dá conta de que a China vem impondo aos produtores nacionais cotas, tarifas e outras medidas administrativas para regular as exportações.

Desde a adesão à OMC, em 2001, a China já foi alvo de 15 denúncias por parte de seus parceiros comerciais por meio da entidade, além de ter uma série de produtos sob investigação contra a prática de dumping, uma vez que, segundo os denunciantes, especialmente dos EUA, teriam preços “artificialmente baixos”.