Mercado discute o papel da tecnologia na transformação do comércio exterior
SPED, Malha Fiscal, Compliance & Governança Tributária e FTAs foram alguns dos temas discutidos
Quais os desafios de Compliance & Governança Tributária e Comércio Exterior? E o SPED Bloco K e RECOF SPED, eles vão além da sua obrigação legal? Qual a importância do Controle Automatizado para Compliance? Essas e outras perguntas foram respondidas na última quarta-feira, (19), no evento realizado pela Thomson Reuters, o Synergy 2016. O encontro entre empresários decisores e gestores de diferentes setores da iniciativa pública e privada debateu as tendências e o papel da tecnologia na transformação do mercado fiscal, tributário e de comércio exterior.
O economista Ricardo Amorim, apresentou o cenário macroeconômico do Brasil e, com exemplos e análises, explicou porque a economia do país deve melhorar e surpreender positivamente. “Nos últimos 15 anos, 73% do crescimento da economia mundial veio de países emergentes e essa é uma tendência que deve se manter. Historicamente, a economia se move em ciclos e, no Brasil, o ciclo já dá sinais de recuperação após um período crítico”, analisou o economista. Segundo ele, a confiança no país está em crescimento e esse “é o momento de aproveitar as oportunidades para os negócios avançarem”.
O Diretor geral de Comércio Exterior da Thomson Reuters no Brasil, Menotti Fransceschini, elencou a importância da tecnologia na gestão tributária e de comércio exterior e disse que o Brasil deu um salto na gestão fiscal e tributária, porém alertou sobre complexidade para as empresas estarem em conformidade com todas as obrigações. “Em média, uma empresa brasileira gasta 2.600 horas por ano para atender toda a legislação. Esse número é 15 vezes maior que nos EUA e 10 vezes mais que no México. Como todo esse cenário, é importante o uso da tecnologia no aperfeiçoamento de processos internos para ganhar tempo e poupar recursos”, afirmou Menotti.
Um painel de debate trouxe ainda os desafios de compliance e governança tributária e comércio exterior. Os especialistas executivos comentaram sobre as peculiaridades e complexidade do sistema tributário brasileiro, que está em constante mudanças e por isso é um desafio para empresas. Também falaram sobre as malhas fiscais e a necessidade de se manter um modelo de gestão com foco em compliance, fundamental para aplicação das políticas tributárias, que suportem a gestão de risco de não conformidade em acordo com o modelo de governança mais adequado ao negócio.
Jonathan Formiga, Auditor-Fiscal da Secretaria da Receita Federal do Brasil, palestrou sobre o contexto da visão geral do Sped para os anos de 2017 e 2018, abordando a similaridade entre a EFD-Contribuições, a EFD-Reinf e o eSocial.
Segundo o auditor, o processo é o desenvolvimento, produção, massificação e tratamento. “Desta matéria-prima se apura o produto final, que é o tributo. A informação recebida pelo fisco não necessariamente é sinal de homologação, mas sim de recebimento para futuro cruzamento de informações e eventual cobrança”, comentou.
Já o professor Edgar Madruga, Especialista em Empreendedorismo Tributário e Inovação Fiscal, falou sobre as diferentes ferramentas tecnológicas que estão gerando uma inovação disruptiva no relacionamento dos fiscos com as empresas. Com exemplos práticos, o professor mostrou que, por meio de tecnologias e projetos como SPED, Big Data, Business Intelligence (BI), RFID há uma nova era de sustentabilidade e rastreabilidade que refletem em mudanças culturais, operacionais e de capacitação para profissionais e empresas no relacionamento com o Fisco.
Considerado referência mundial nessas temáticas o evento que está em sua quinta edição e já se aproxima da décima edição no mundo, onde ocorre em países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

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