ABS usa simulação e modelagem para lidar com o desafio de segurança da amônia

A ABS está utilizando tecnologias avançadas de modelagem e simulação para desenvolver métodos de resposta a emergências para auxiliar portos e tripulações a lidarem com vazamentos ou derramamentos de amônia. Este é o primeiro passo rumo a um sistema abrangente e rápido de resposta a vazamentos de amônia, capaz de prever o comportamento de uma nuvem de amônia e direcionar os serviços de mitigação de emergência de acordo com isso.

Graças ao seu potencial de emissão zero de carbono, a amônia é amplamente vista como uma solução de combustível promissora para uma indústria mais sustentável, mas sua alta toxicidade apresenta desafios operacionais significativos a bordo e em terra.

"A ABS sempre foi pioneira em segurança, portanto, estamos bem posicionados para enfrentar os significativos riscos operacionais apresentados por essa peça crítica do quebra-cabeça de emissões zero. Nossa abordagem avançada de simulação e modelagem já está iluminando os comportamentos únicos desse combustível em uma variedade de cenários. Isso informará as estratégias de portos, tripulações e serviços de emergência e permitirá uma resposta imediata e informada a um vazamento de amônia. Esse é o ponto ideal para a ABS, o cruzamento da tecnologia avançada, regulamentação e segurança, e estamos no caminho certo para fornecer um avanço significativo em segurança para a indústria", afirmou Christopher J. Wiernicki, presidente do conselho, presidente e CEO da ABS.

Como líder do setor em modelagem e simulação, a ABS combinou essas técnicas com Dinâmica dos Fluidos Computacional (CFD) para criar um modelo de alta fidelidade projetado para replicar os padrões de dispersão de amônia na sala de máquinas. Utilizando esse novo modelo, especialistas da ABS estudaram o impacto de diversas abordagens de ventilação no comportamento de nuvens de amônia resultantes de vazamentos nas linhas de combustível, revelando os métodos ideais para ventilar a nuvem de amônia.

Um modelo dinâmico será capaz de prever rapidamente a resposta de uma nuvem de amônia a uma série de parâmetros, como velocidade e direção do vento, umidade, metros cúbicos por segundo e a relação da embarcação com o porto. Além da análise de dispersão, serão realizadas simulações de eventos discretos baseadas em agentes para estudar a resposta da tripulação, autoridades portuárias e serviços de emergência após a dispersão.

A amônia é uma molécula rica em nitrogênio que pode ser produzida a partir de fontes renováveis, como energia eólica, solar e hidrelétrica, por meio da eletrólise da água. Além disso, a amônia pode desempenhar um papel significativo na descarbonização e no uso de hidrogênio verde.

Uma das principais vantagens da amônia é sua capacidade de armazenamento e transporte eficiente de hidrogênio que pode ser liquefeita a baixa pressão e facilmente transportada em navios-tanque convencionais. Isso a torna uma opção viável para exportação e importação de energia renovável em grande escala.

Discussão do Hidrogênio verde no Brasil

Vale ressaltar que no Brasil, acontece o Hydrogen Dialogue Latam. O evento tem como objetivo promover e discutir a adoção do hidrogênio verde na América Latina, reunir especialistas e líderes do setor para debater soluções práticas e viáveis de transição para uma economia mais limpa e sustentável.

O Hydrogen Dialogue Latam é uma parceria do Guia Marítimo com a NürnbergMesse Brasil e Hiria NürnbergMesse. O evento acontecerá nos dias 18 e 19 de outubro, em São Paulo, e contará com o Green Logistics Summit, um evento voltado para a logística sustentável. Será uma oportunidade única para os participantes conhecerem as tendências e inovações do setor e discutir o papel do hidrogênio verde na construção de um futuro mais sustentável para a indústria marítima e para o mundo como um todo.


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