Armadores japoneses consolidam suas atividades
Ao pôr fim a quase cinco décadas de concorrência, MOL, K-Line e NYK formam a J-3 para otimizar operações e ganhar mercado
Seguindo as tendências mundiais que vêm levando os armadores a consolidar suas atividades, na semana passada, as três principais companhias japonesas, K-Line, MOL e NYK Line, assinaram um acordo para fusão de suas operações. Com a iniciativa, as empresas atingem tamanho suficiente para ganhar um lugar à mesa das gigantes mundiais que operam em mais de 3 continentes. E a tendência é geral: esse grupo de mega-companhias, que hoje é formado por 20 integrantes, deverá ter não mais do que 14 até o fim de 2018, segundo avalia o Alphaliner.
O acordo das empresas japonesas terá início em 01 de julho de 2017, com operações programadas para começar em abril de 2018 – ainda sujeito a aprovações de órgãos reguladores. Para adequar as companhias às novas atividades, serão investidos US$ 2,9 bilhões em navios, terminais e equipamentos. Na nova configuração, a NYK terá 38% de participação, enquanto MOL e K-Line terão 31% cada.
Segundo o Alphaliner, a junção dos armadores japoneses dá origem à sexta maior companhia de navegação em containers do mundo, sendo que, até 2018, a previsão é de que 65% de todo o fluxo mundial de carga containerizada seja controlado por apenas 7 armadores.
Com a fusão, a J-3 passa a dispor de uma frota com capacidade de 1,37 milhão de Teus, e cerca de 6,6% de participação no mercado global. Se forem acrescentadas as encomendas de futuras embarcações, essa conta ainda aumenta em mais 358 mil Teus.
O Alphaliner revelou também que a negociação já havia sido considerada no fim de 2011, por sugestão de MOL, porém não teve andamento. Inspirada pelas recentes aquisições que mudaram o mercado, como a da APL pela CMA CGM, a fusão entre Cosco e CSCL e a combinação entre Hapag-Lloyd e UASC, a união das companhias japonesas acaba com uma rivalidade que já durava quase cinco décadas no segmento de containers.
Independentemente da fusão, a partir de abril de 2017, as três companhias japonesas já começariam a integrar a mesma aliança, a chamada THE Alliance, na qual operariam junto comHapag -Lloyd, Yang-Ming Line – e a extinta Hanjin.
Entre as vantagens da operação conjunta estão a otimização de rotas duplicadas, ou triplicadas, o melhor uso de terminais em portos do mundo todo e a ampliação da presença da companhia no mercado mundial. Atualmente, as companhias possuem uma fatia de 17,9% do mercado transpacífico, 7,4% na rota Ásia-Europa, 5,6% na Oceania e 5,5% na América Latina.
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