Porto Chibatão celebra chegada do navio Aristote após restrições históricas

Manaus recebe primeiro navio com insumos para o comércio e ZFM após quase 50 dias

Após quase 50 dias de restrições devido à seca histórica nos rios do Amazonas, o Porto Chibatão celebra o retorno das operações portuárias com a chegada do navio Aristote (Mercosul e CMA CGM) nesta quarta-feira (22). Esta retomada é crucial para o abastecimento de insumos no Comércio e na Zona Franca de Manaus, após a intensa seca ter impactado negativamente o fluxo logístico na região.

Durante esse período desafiador, a falta de chuvas impossibilitou a chegada de navios de grande porte, causando transtornos significativos à logística e ao comércio local. O retorno das operações no Porto Chibatão representa não apenas um alívio, mas um marco essencial para a economia regional.

Jhony Fidelis, diretor do Grupo Chibatão, destaca a importância dessa conquista em meio aos obstáculos enfrentados. "A seca nos rios trouxe complexidades inéditas para nossa operação. O retorno das atividades no Porto Chibatão e em Manaus, mesmo com a redução da capacidade dos navios em 50%, é crucial para reestabelecer o fluxo de insumos e impulsionar a economia local. Estamos comprometidos em superar esses desafios com eficiência e colaboração", ressalta Fidelis.

O navio Aristote (Mercosul) desempenhou um papel crucial ao realizar uma rotação estratégica para restabelecer o abastecimento na região. Sua rota incluiu paradas no Porto de Manzanillo (Panamá), Fortaleza, Pecém e, finalmente, Manaus. Com 402 contêineres descarregados em Manaus, sendo 275 de longo curso do armador CMA CGM (Carga de Importação) e 127 de cabotagem do armador Mercosul Line, o navio trouxe uma variedade de insumos essenciais.

“A chegada desse navio representa um marco significativo na retomada das atividades portuárias na região, contribuindo para a normalização do abastecimento e fortalecendo a resiliência da cadeia logística diante dos desafios climáticos”, destaca Fidelis. Ele lembra que, mesmo durante a falta de navios, o Porto Chibatão, a JF de Oliveira, Majonave, CNN e os armadores realizaram diversas operações fluviais, envolvendo o transporte de milhares de contêineres via balsas, mantendo o fluxo de mercadorias na região, mesmo diante das adversidades.

Em um momento em que a cidade de Manaus enfrentou sua pior seca em 121 anos, a operação liderada pela empresa amazonense e os armadores assumiram um papel crucial na garantia do abastecimento e no fortalecimento da logística regional.



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