Empresas do setor de aço adaptam estratégias diante de nova tarifa dos EUA

Diante de tarifas de até 50% impostas pelos EUA, a empresa aposta no abastecimento local, logística eficiente e relacionamento com fornecedores nacionais como estratégia para mitigar riscos

A imposição de tarifas de até 50% sobre aço brasileiro pelos Estados Unidos, anunciada pelo presidente Trump e com vigência a partir de 6 de agosto de 2025, representa um abalo significativo à competitividade das exportações do país. Os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras de aço e ferro, com vendas em torno de US$ 4,7 bilhões em 2024, correspondendo a cerca de 48% das exportações do setor. Para empresas atuantes na cadeia interna, como a Pinheiro Ferragens, a turbulência internacional exige um reposicionamento estratégico urgente.

Segundo Janine Brito, presidente do Lide Mulher Brasília e CEO da Pinheiro Ferragens, incentivar as empresas a se consolidarem no mercado interno é essencial. “Com as tarifas americanas dificultando as exportações aos EUA, a melhor alternativa para as exportadoras de ferro e aço passou a ser consolidar o mercado interno e ampliar relações de comércio com outros mercados. No caso da Pinheiro, há algum tempo que estamos investindo na consolidação da marca dentro do mercado nacional e queremos ampliar nosso âmbito de atuação no estado. Queremos garantir que os clientes encontrem aço de qualidade, entregas mais rápidas e preços muito competitivos, independentemente das tensões externas”, afirma.

Visão estratégica da empresa

Diante do cenário internacional instável e das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o aço brasileiro, a Pinheiro Ferragens vem adotando medidas estratégicas para fortalecer sua atuação no mercado interno e reduzir os impactos da crise global. A empresa aposta no estreitamento de parcerias com construtoras e fornecedores locais. O objetivo é manter um suprimento contínuo e previsível, independentemente das flutuações externas.

Além disso, a Pinheiro tem investido fortemente na ampliação de sua infraestrutura logística e na formação de estoques estratégicos. “Essas ações visam garantir níveis seguros de abastecimento, mesmo em momentos de instabilidade internacional. O departamento responsável pela logística também está sendo modernizado, com foco na eficiência operacional e no cumprimento rigoroso de prazos”, explica Janine.

Outro pilar da estratégia empresarial da companhia é a diversificação de fornecedores. Ao priorizar parceiros que atuam com prazos e volumes ajustados às necessidades do mercado nacional, a Pinheiro Ferragens reduz sua dependência de insumos importados e conquista maior agilidade para reagir às mudanças do mercado. A flexibilidade conquistada com essa diversificação permite que a empresa se mantenha competitiva e preparada para lidar com cenários econômicos adversos.

Nesse contexto, a Pinheiro Ferragens busca maximizar sua competitividade dentro do país, fortalecendo o ciclo econômico local e reduzindo a dependência de mercados instáveis. A crise do aço no comércio mundial exige que empresas como a Pinheiro Ferragens adotem uma postura resiliente e centrada no mercado interno. Com foco em logística eficiente, diversificação de fornecedores e reforço do atendimento local, a empresa se posiciona como peça-chave para garantir estabilidade e qualidade à cadeia de construção brasileira em meio à volatilidade das relações exteriores.



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