Os veículos para exportação da Kia vão passar a ter seus volumes processados pela Amports, através do porto mexicano de Altamira, na costa do Golfo. A empresa que iniciou suas operações na nova fábrica em Pesqueria, Nuevo Leon, com uma estrutura de 174.000 metros quadrados e espaço para armazenar até 8.500 veículos, já prevê para esse mês a produção de novos modelos “Forte”. A expectativa é processar 80.000 – 90.000 unidades, contra os 84.000 movimentados no ano passado.

Com investimentos de US$5 milhões em infraestrutura e segurança no terminal, a Amports possui ainda instalações específicas no porto mexicano que consiste em um pátio de armazenamento de 286.000 metros quadrados com capacidade para 14.000 veículos e 58.000 metros quadrados disponíveis para desenvolvimento futuro. O complexo possui ainda serviço ferroviário pela Ferromex, com capacidade para 24 vagões de vários níveis.

Entraves

No processo de adequação da nova fábrica, a Kia enfrentou alguns problemas de infraestrutura. De acordo com a companhia o estado de Nuevo Leon não teve a infraestrutura necessária para suportar saída total da fábrica que fazia parte do contrato assinado.

De acordo com o novo governador do estado, Jaime Rodriguez Calderon, os incentivos proporcionados pelo ex-governador Rodrigo Medina “eram excessivos e não legais”. A disputa entre a Kia e o governo do Estado com base nessas deficiências ainda não mostra sinais de ser resolvido em um futuro próximo já que um trabalho em relação a estradas, abastecimento de água e a deslocalização de um gasoduto foram adiadas.

A linha ferroviária direta da fábrica também foi adiada e não pode ser aberta por mais um ano ou dois. Enquanto isso, a Kia precisará enviar veículos de caminhão para outro ramal ferroviário. No início deste ano, Roberto Zavala, gerente da WWL México, disse que o atraso poderia causar novas restrições à escassez contínua do México em transportadores de carro.

Porém, a companhia ainda mantém seu objetivo de fazer 100.000 veículos na fábrica em seu primeiro ano de operações, com planos de produção anual de 300.000 a longo prazo.