Setor automotivo é um dos pioneiros da adaptação de fábricas para a indústria 4.0, afirma Mitsubishi Electric
Segmento faz uso de diferentes soluções para garantir linhas de produção vastamente automatizadas na América Latina
Em meio ao cenário adverso da produção industrial no Brasil, o setor automotivo busca ganhar eficiência e produtividade. Entre as diferentes medidas adotadas para atingir esse objetivo, está o investimento bilionário em modernização de fábricas. Uma pesquisa da KPMG mostra que estabelecer padrões de manufatura 4.0 é a prioridade de executivos do setor no Brasil, sendo elencada por 42,6% deles.
Rumo a esse objetivo, está o desenvolvimento de ferramentas ligadas à automação industrial. Produtos como controladores, interfaces homem-máquina, drives e robôs são apenas algumas das soluções utilizadas para ganhar mais produtividade no dia a dia da produção.
“Com o uso de robôs para realizar tarefas repetitivas, por exemplo, é possível ganhar em qualidade de fabricação de produtos, assim como na redução de tempo e recursos com perdas. Na América Latina, essa é uma consciência já adquirida por profissionais do setor, especialmente no Brasil e no México”, afirma Thiago Turcato, coordenador de suporte técnico da Mitsubishi Electric.
De acordo com o especialista, o uso intensivo de automação é proporcional ao tamanho de cada planta. E a pressão por otimizar custos faz com que a robotização seja disseminada cada vez mais rápida entre diferentes países.
“Com a pressão de controle de custos e trocas de melhores práticas entre plantas de um mesmo grupo, vemos uma tendência de padronização de soluções. Por exemplo, uma montadora constrói uma planta no México e, caso tenha a intenção de vir para o Brasil, vai montar a estrutura de maneira similar, considerando os êxitos obtidos no outro país. A partir do momento em que a nova planta entra em operação, as melhores práticas obtidas aqui serão replicadas para outras e assim sucessivamente”, explica.
Apesar do avanço e do otimismo, ainda há um longo caminho a trilhar. De acordo com o Índice Global de Inovação (IGI) deste ano, que analisa 129 países, o Brasil ocupa apenas o 66º lugar – duas posições abaixo do local conquistado em 2018. O resultado, é claro, reflete no panorama industrial do país.
“Ainda vai levar certo tempo para que o país alcance o nível de países como Estados Unidos e Japão. Contudo, o ambiente no setor automotivo pode ser usado como benchmarking, especialmente para setores que apresentam muitas oportunidades de automação, como o de alimentos e bebidas. Esperamos que o ambiente no país continue próspero para a geração de negócios nos próximos anos”, finaliza Turcato.
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