Em Manaus, Super Terminais inaugura os primeiros guindastes elétricos do mundo
Manaus é a primeira cidade do mundo a contar com guindastes 100% elétricos para o setor portuário. Os equipamentos de alta tecnologia, importados da Alemanha, foram instalados no Super Terminais, o mais eficiente terminal privativo no Polo Industrial de Manaus e o único porto do Brasil a ser considerado verde. A nova infraestrutura portuária, que contou ainda com ampliação do píer flutuante, foi inaugurada nesta quarta-feira (6), em evento que contou com a presença do secretário de Estado de Infraestrutura, Carlos Henrique Lima, do CEO da empresa Konecranes Gottwald, Heribert Barlage, além de deputados federais e estaduais e empresários do Brasil e do exterior.
Há três anos, o Super Terminais iniciou um ciclo importante de investimento, no valor de R$ 260 milhões, com o objetivo de unir inovação e sustentabilidade, pilares fundamentais da empresa. Somente nos guindastes, a companhia investiu R$ 80 milhões. Os investimentos devem gerar 300 empregos diretos na região.
“Entendemos que o progresso anda de mãos dadas com a sustentabilidade. Esse investimento foi feito pensando no futuro do Amazonas e da região. O Estado vem crescendo cerca de 15% ao ano nas suas importações, suas fábricas nos distritos vêm se expandindo muito, por isso, vimos como oportuno trazer esses investimentos para Manaus. Nossa expansão portuária, com tecnologia de ponta, reduz as emissões de gases do efeito estufa e é um exemplo tangível do nosso compromisso com a sustentabilidade. Temos o sonho de nos tornarmos um porto carbono zero”, afirma Marcello Di Gregorio.
De acordo com o CEO da empresa Konecranes Gottwald, Heribert Barlage, todo o desenvolvimento dos guindastes levou em conta a questão da sustentabilidade e os equipamentos foram produzidos em fábricas com energia limpa. “É muito simbólico que uma empresa como a nossa, que preza pela sustentabilidade na produção de seus produtos, esteja realizando esse projeto no coração da sustentabilidade do planeta terra, a região amazônica”, diz.
Os três novos guindastes, 100% elétricos, foram importados da empresa alemã Konecranes Gottwald e permitirão uma redução de 5.200 litros de óleo hidráulico por ano, o que refletirá em uma economia de R$ 345 mil, aproximadamente. Além disso, os novos equipamentos permitirão a diminuição nas emissões de gases do efeito estufa, trazendo mais sustentabilidade para as operações do Super Terminais.
De acordo com Di Gregorio, a escolha dos guindastes de modelo ESP 10 veio ao encontro dos interesses de preservação ambiental e sustentabilidade, unindo produtividade, tecnologia e confiabilidade. “Alguns outros fatores decisivos foram a capacidade de içamento de até 125 toneladas a uma velocidade de até 120 metros por minuto, além da capacidade de alcance de lança, que chega a 64 metros. Isso vai permitir que o Super Terminais atenda navios maiores, como os da classe Super Post Panamax, com comprimento de 1.000 pés (305 m)”, explica Di Gregorio.
Segundo o executivo, os guindastes usados convencionalmente no setor portuário são do tipo mecânicos hidráulicos. Nesse modelo, os equipamentos são impulsionados pela mecânica de fluídos, onde um conjunto de bombas hidráulicas, interligado por mangueiras contendo óleo hidráulico, fazem a operação de içamento e giro das cargas.
No caso dos guindastes elétricos, um conjunto de motores elétricos atua diretamente nas funcionalidades de içamento e giro. Eles são eletrificados por uma tensão de 13.8 kV, que passa por um transformador de 440V, alimentando os motores.

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