Santos Brasil avança rumo à meta de aterro zero até 2028
A Santos Brasil dá mais um salto importante rumo à sustentabilidade: em cerca de um ano, desde o lançamento oficial do Projeto Aterro Zero, a Companhia alcançou uma redução de 63% no envio de resíduos para aterros sanitários — meta inicialmente prevista apenas para 2026. O avanço reforça o compromisso da empresa com o Pacto Global da ONU e a meta de zerar totalmente esse tipo de destinação até 2028.
O Projeto Aterro Zero foi lançado no início de 2024 e conta com quatro frentes:
Tratamento de resíduos orgânicos com biodigestores: a tecnologia foi implementada no Tecon Santos em 2021 e foi expandida para outras unidades, como CLIA Santos, CLIA Guarujá, Centro de Distribuição de São Bernardo do Campo e Tecon Vila do Conde (PA). O equipamento acelera a decomposição dos resíduos orgânicos dos refeitórios e os transforma em água cinza, que, posteriormente, é tratada nas Estações de Tratamento de Efluentes Biológicos para reuso ou encaminhada para destinação adequada.
Reaproveitamento energético com Combustível Derivado de Resíduos Sólidos Urbanos (CDRU): implantada em 2024, a medida destina resíduos não perigosos, como papéis sujos e outros materiais não recicláveis, que são inadequados para compostagem ou outras opções de destinações, para fornos industriais (cimenteiras, cal ou biomassa), promovendo reaproveitamento energético. Atualmente, cinco unidades já migraram para o uso de CDRU.
Reciclagem e logística reversa: resíduos como óleo lubrificante, pneus, baterias e panos são retornados aos fabricantes para recuperação e reutilização, enquanto materiais como sucata, papel, plástico, madeira e uniformes são reciclados.
Chega de Plástico!: incentivo ao uso de garrafas e canecas reutilizáveis e substituição gradativa de copos plásticos por biodegradáveis em todas as unidades da Companhia.
O monitoramento é contínuo, feito por dashboards que integram dados operacionais e indicadores ambientais. Os principais resultados alcançados até o momento são:
- 187 toneladas de resíduos orgânicos deixaram de ser enviadas a aterros (2021–2024), sendo 15 toneladas no primeiro ano de instalação dos biodigestores.
- 297,26 toneladas de CO₂ equivalente evitadas com a implantação dos equipamentos.
- Economia estimada de R$ 518 mil em transporte e destinação final, frente a um investimento de R$ 329 mil com os biodigestores.
- 62% dos resíduos gerados foram reciclados ou destinados à logística reversa.
O avanço do projeto também é resultado do forte envolvimento da liderança e do engajamento dos funcionários, incentivados por iniciativas como a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho e Meio Ambiente (SIPATMA), Dia do Meio Ambiente, Dia do Consumo Consciente, Dia da Reciclagem, entre outros, que reforçam a cultura e consciência ambiental na Companhia.
Urgência global
Béatrice de Toledo Dupuy, gerente executiva de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Santos Brasil, destaca que o manejo de resíduos é uma urgência global. Em 2023, o planeta gerou 2,3 bilhões de toneladas de resíduos comuns. Segundo o Global Waste Management Outlook 2024, esse volume pode ultrapassar 3,8 bilhões de toneladas até 2050.
"A sustentabilidade é parte central da nossa estratégia de negócios. O Projeto Aterro Zero mostra que é possível unir inovação, responsabilidade ambiental e eficiência operacional. Já alcançamos resultados expressivos e seguimos firmes no compromisso de zerar o envio de resíduos a aterros até 2028", afirma Béatrice.
Além dos benefícios ambientais, o projeto contribui para a redução de vetores e pragas, bem como para o melhor aproveitamento dos espaços operacionais.
O Aterro Zero faz parte do Plano de Transição Climática da Santos Brasil, que busca atingir a neutralidade de carbono até 2040. Para atingir a meta, o plano inclui ainda a otimização do consumo e mudança de combustíveis; transição da matriz energética dos terminais; uso de energia renovável com painéis fotovoltaicos; engajamento da cadeia de valor; ações de adaptação às mudanças climáticas; eficiência hídrica; atuação junto a stakeholders e inovação.
O Tecon Santos é pioneiro no uso de RTGs (guindastes de pátio) elétricos com operação remota e caminhões movidos a Gás Natural Comprimido (GNC), que emitem cerca de 20% menos gases de efeito estufa que os movidos a diesel.

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