“Brasil se mantém em rota para retomada do crescimento”, afirma Maersk Line
Companhia ainda estima crescimento de 12% a 18% nas exportações em 2016 com Olimpíadas
Enxergando um real estímulo para as exportações com recuperação brasileira no horizonte a gigante dinamarquesa Maersk Line acredita que a maior economia da América Latina passará pelos Jogos Olímpicos em um momento em que as perspectivas para o comércio internacional do país está em rota de melhoria. A previsão é que as exportações brasileiras por containers cheguem a 18%, com uma queda estimada nas importações da ordem de 25%.
“A moeda brasileira deve ser a força condutora da retomada do crescimento brasileiro em 2016, ofuscando qualquer potencial impacto positivo das Olimpíadas. Estamos esperando um resultado muito diferente em relação ao que tivemos em 2014, quando o comércio foi estimulado pela Copa do Mundo no primeiro semestre”, afirma o Diretor de Trade e Marketing para Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai da Maersk Line, João Momesso.
De acordo com ele, os jogos ajudarão a melhorar a confiança, e destaca: “Quando olhamos para o prospecto de 2016 até aqui, será o Real o principal ator da balança comercial, impulsionando as exportações”.
O contraste fica para as importações que, de acordo com dados da Datamar para a companhia caíram significativamente este ano, com a retração no consumo devido à recessão. “Mas, com a melhora nos humores, as importações tendem a melhorar”, aponta.
Em janeiro, as importações estavam negativas em 31% na comparação com o ano anterior, contra uma redução de 15% em maio. Nos meses que precederam a Copa do Mundo de 2014, as importações alcançaram uma alta de 21% em março na comparação com 2013, com as exportações 6% maiores em abril de 2014, mas com declínio de 4% em maio daquele ano.
Para a indústria marítima brasileira, a consultoria aponta forte contribuição do real ajudando as exportações a atingir crescimento de dois dígitos entre janeiro e maio. O resultado? O país se tornou uma economia majoritariamente exportadora.
”As empresas estão focadas na retomada dos negócios sob a nova administração federal e é esta melhora na confiança que nos estimula a continuar revendo nossos modelos internos em relação às exportações e importações para um cenário de recuperação mais acelerada se comparada ao que havíamos antecipado no início do ano”, completa.
Com perspectivas positivas, Momesso diz que o cenário vai melhorando na medida em que cresce a confiança das empresas e dos consumidores. “Mas teremos uma ideia muito melhor sobre a demanda interna em setembro, quando o varejo tiver embarcado seus pedidos para o Natal, o que funcionará como um indicador poderoso e bastante real do sentimento para 2017”, finaliza.
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