Tecon Imbituba aposta no nicho de cargas não conteinerizadas
Terminal exclusivo para o nicho possui estrutura completa para a movimentação e armazenagem de carga geral e de projetos
O ano de 2015 foi muito promissor para o Tecon Imbituba. De acordo com o diretor comercial da Santos Brasil, Marcos Tourinho, só o TCG Imbituba conseguiu triplicar sua movimentação. Tourinho explica ainda que o TCG, é uma instalação portuária exclusiva para a operação de cargas não conteinerizadas. “Ele tornou-se um porto distribuidor de aço para todo o Brasil, e, em adição, operamos diversos e diferentes tipos de navios de carga geral com contratos "spots", diversificando ao máximo de estruturas metálicas à usina de asfalto e equipamentos”.
Segundo o executivo, pensando na infraestrutura necessária e adequada para esse tipo de carga, o terminal conta com acesso marítimo, bacia de evolução e berço com 15,5 metros de profundidade, o que de acordo com Tourinho, é espaço suficiente para movimentação e armazenagem de carga geral e de projetos. “É possível movimentar até 2.000.000 de toneladas por ano”, disse, ressaltando ainda ser esse o maior porto da região Sul do Brasil em área disponível para operação e expansão.
Tourinho explica ainda os cuidados necessários que devem ser tomados com esse tipo de carga, destacando que eles começam na análise da carga, das suas dimensões e características, “e isso precisa ser realizado por profissionais com experiência em movimentação e armazenagem portuária de carga geral e de projetos”, ressalta.
Para ele, nesse segmento experiência é fundamental, pois somente o tempo permite a exposição e o aprendizado necessários para conhecer os mais variados tipos de cargas e suas demandas específicas. “E, neste quesito, contamos com uma equipe altamente preparada”, diz.
Entre as vantagens competitivas desses terminais para esse tipo de carga, ele destaca o custo, tempo e risco das operações de carga geral e de projetos que, de acordo com ele, são menores que em qualquer outro porto da Região Sul do Brasil. Sem esquecer, porém, de suas limitações. “Entendemos que há tem sempre uma resistência inicial ao novo, que estamos reduzindo dia-a-dia. Porém, a análise da logística contribui para redução dos custos, dos tempos e dos riscos das operações”.
Sem planos de novos investimentos, Tourinho diz que o TCG está preparado para atender a demanda existente, “oferecendo uma excelente infraestrutura, equipe qualificada e equipamentos de ponta para a movimentação de cargas especiais”.
Cabotagem
Acreditando na ascensão desse nicho em especial, mesmo diante da crise que o Brasil passa, Tourinho diz que o País continuará importando, exportando e movimentando cada vez mais cargas na cabotagem. “Esperamos que a cabotagem aumente o tamanho do mercado nos próximos anos. O transporte de contêineres na cabotagem passou por essa evolução nos últimos anos, e isso trouxe a cabotagem para perto dos compradores e vendedores de mercadorias em todo o País”, apontou, acrescentando ainda acreditar que esse processo se estenderá à carga geral e de projetos também.
Quanto o assunto é como a crise afeta o setor e se o nicho pode estar sofrendo uma retração graças aos efeitos diretos e indiretos da operação Lava-Jato, o diretor comercial da Santos Brasil diz: “O setor é cíclico, como as marés que regulam a entrada e saída dos navios nos portos. Haverá sempre retomadas e paradas de um determinado nicho da economia”.
Para 2016, o diretor disse que a companhia continuará focando na operação portuária e armazenagem do aço, apostando também no crescimento da movimentação do mercado eólico.
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