Santos Brasil e Emapa desenvolvem solução logística que aproveita potencial fluvial da região Norte

Carga da madeireira que levava sete dias para chegar ao Tecon Vila do Conde, agora chega em 60 horas; exportador reduziu custo, ganhou tempo e segurança; meio ambiente também se beneficiou com a supressão do uso de caminhões

Em constante busca por soluções inteligentes que reduzam prazos e custos para seus clientes, a Santos Brasil, referência em operações portuárias e logísticas, e a Emapa – uma das principais fornecedoras de piso de madeira para o mercado americano e cliente do Tecon Vila do Conde, o Terminal de Contêineres da Santos Brasil em Barcarena, no Pará - desenvolveram uma estratégia especial para simplificar e agilizar a operação de carga e descarga da madeira exportada pela companhia.

A unidade industrial da Emapa localiza-se em Afuá, uma cidade de difícil acesso por rodovia, às margens da Bacia do Marajó. A carga, cujo destino é a exportação, precisava ser transportada por balsa até uma estação coletora de contêineres vazios em Belém, onde era realizada a ovação e depois seguia por rodovia até o Tecon Vila do Conde. No total, o produto demorava sete dias para chegar ao terminal e finalmente poder embarcar ao seu destino final.

O projeto de logística fluvial desenvolvido em conjunto pela equipe de inteligência comercial da Santos Brasil e a equipe da Emapa reduziu esse prazo para 60 horas (dois dias e meio) ao utilizar o potencial fluvial da região. Agora, a carga sai da Emapa e vai diretamente para o Tecon Vila do Conde por meio de barcaças que navegam pelos rios que se ligam à Baía do Marajó – um percurso de 494 quilômetros. Para simplificar a operação do cliente, a solução proposta foi eliminar a parada em Belém e fazer a coleta de contêineres vazios diretamente no Tecon Vila do Conde. Desta forma, os contêineres vazios chegam no Tecon Vila do Conde, são enviados para a unidade da Emapa, em Afuá, onde passaram a ser estufados pela equipe da própria madeireira, e retornam cheios diretamente para o Tecon, de onde seguem rumo ao mercado americano.

Além de ganhar tempo, reduzir custos e dar mais segurança para a Emapa, o projeto também contribui com o meio ambiente, ao eliminar os 260 km até então percorridos em caminhão até Belém.

Segundo Ricardo Buteri, diretor comercial da Santos Brasil, a multimodalidade faz todo sentido no Norte, uma região banhada por diversos rios ligados entre si. “Nosso foco é gerar competitividade aos nossos clientes por meio de soluções customizadas e inteligentes, pautadas por inovação e a solução desenvolvida para a Emapa está intimamente ligada à geografia da região, reduzindo custos, tempo e recursos naturais”, diz.

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