Dia do Trabalho traz poucas razões para se comemorar
Brasil atingiu a 10,9% de desemprego, a maior taxa desde o início da Pnad, evidenciando a crise e a necessidade de medidas emergenciais
Na sexta-feira (29), às vésperas das comemorações do dia do Trabalho, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a taxa de desemprego no Brasil já atingira os 10,9% nos três primeiros meses do ano de 2016, o maior índice desde 2012, quando teve início a chamada Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Comparado ao primeiro trimestre de 2015, quando se registrou um índice de 7,9%, o desemprego atingiu 38% mais trabalhadores em 2016. Na comparação com o trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2015, o aumento foi de 22%.
Setor de Transportes
Enquanto as maiores quedas em relação ao último trimestre de 2015 se deram na indústria geral (-5,2%), construção (-4,8%) e administração pública (-1,9%), no segmento de transportes e armazenagem, o movimento foi inverso: houve aumento de 4,3% sobre o número de ocupados no setor, assim como em serviços domésticos (4,3%) e alojamento e alimentação (4%).
Por meio do seu Conselho de Emprego e Relações do Trabalho, a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) declarou que os paulistanos não teriam razões para celebrar, no domingo, a data em que se comemora o Dia do Trabalho. Segundo a Entidade, só no segmento varejista, mais de 60 mil postos de trabalho formais foram eliminados nos últimos doze meses.
Para José Pastore, presidente do Conselho, com o nível de desemprego tão alto, "a única coisa que poderia ser comemorada neste dia seria a sinalização de retomada do crescimento da economia que proporcionasse a geração de mais empregos".
Para a melhoria do cenário trabalhista em nosso país, o especialista reforça a necessidade do ajuste nas contas públicas, segurança jurídica nas relações de emprego, mais equilíbrio entre o negociado e o legislado, flexibilização em aspectos essenciais, como por exemplo, na jornada de trabalho, e mais clareza na prestação de serviços terceirizados.
"Uma medida que poderia trazer resultados em curto prazo seria o desenvolvimento de políticas reativas que ofereçam maior segurança aos empresários e incentivem a criação de oportunidades de trabalho com menores encargos trabalhistas", sugere Pastore.

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