Uma ampla coalizão de fornecedores de energia, companhias de navegação e ONGs pediu à UE que introduza uma cota mínima de pelo menos 6% de combustíveis de hidrogênio sustentáveis e escaláveis até 2030. No ano passado, a Comissão Europeia propôs uma lei de combustível marítimo (FuelEU Maritime Regulation) destinada a aumentar a aceitação de combustíveis marítimos alternativos.

Infelizmente, a lei não garante a competitividade dos e-combustíveis sustentáveis e escaláveis, e corre o risco de promover combustíveis mais baratos e insustentáveis. A coalizão, portanto, pede ao Parlamento Europeu e ao Conselho da UE que melhorem a proposta, incluindo uma subcota dedicada de e-combustíveis no regulamento proposto. A Comissão de Transportes do Parlamento Europeu votará o FuelEU Maritime em 11 de julho e o Parlamento em setembro.

“Uma lei ambiciosa de combustíveis marítimos será fundamental para colocar o setor de transporte marítimo no caminho da descarbonização total. Atualmente, os e-combustíveis sustentáveis são muito caros em comparação com outras alternativas, como GNL fóssil e biocombustíveis, impedindo investimentos em instalações de produção, infraestrutura de reabastecimento em portos e navios de emissão zero”, disse Delphine Gozillon, oficial de transporte sustentável da T&E.

Transição marítima para novas energias

“No entanto, com um pouco de pressão, os e-combustíveis produzidos a partir de hidrogênio renovável podem ser escaláveis. É por isso que precisamos de uma cota para dar o pontapé inicial e incentivar as empresas a começarem a investir em combustíveis limpos para transporte marítimo. O transporte marítimo não precisa ser uma indústria suja para sempre.”

Apelos ao Conselho da UE e ao Parlamento Europeu:

• Adicionar uma submeta para o uso de uma porcentagem mínima de e-combustíveis até 2030 como parte do FuelEU Maritime. Eles recomendam que uma submeta de 6% da demanda de energia usada pelos navios seja atendida por e-combustíveis até 2030.
• Estabelecer um multiplicador para uso de e-combustíveis acima da meta, permitindo que cada tonelada desse combustível conte 5 vezes para impulsionar os investimentos em e-combustíveis.
• Introduzir metas para a implantação de pontos de abastecimento sustentáveis de hidrogênio e combustíveis à base de hidrogênio nos portos europeus, para permitir o fornecimento de todos os e-combustíveis ao setor de transporte marítimo.
  

Uma subcota e um multiplicador para combustíveis verdes de hidrogênio (RFNBOs) são essenciais para iniciar a adoção de combustíveis marítimos renováveis nesta década e atingir zero emissões até 2050, de acordo com os signatários.

A coalizão inclui Yara, Teco 2030, Siemens Energy, Viking Cruises, Green Power Denmark e organizações com sede em Bruxelas Hydrogen Europe and Transport & Environment (T&E), entre outras.

Fonte: Offshore Energy.