Integração FedEx e TNT ainda tem um caminho a percorrer
Analistas afirmam que a aquisição talvez seja mais complicada na realidade do que foi no planejamento
A integração da gigante americana de logística e serviço expresso de cargas FedEx com a holandesa TNT Express pode se apresentar mais fácil no papel do que na realidade, de acordo com analistas da empresa de investimentos Stifel.
A aquisição da TNT Express foi oficialmente fechada na semana passada e, nesta quinta-feira, a FedEx já divulgou oficialmente ser a detentora de 98,45% das ações da TNT Express, dando início ao prazo determinado por estatuto para a compra das ações restantes no terceiro trimestre de 2016. Por possuir uma parcela superior a 95% da TNT, a FedEx requisitou que a companhia holandesa excluísse suas ações da bolsa de valores Euronext Amsterdam.
Os especialistas da Stifel afirmam que, como resultado da negociação, o mercado de carga expressa, tanto o europeu quanto o global, consolida-se basicamente na mão de três principais players: DHL, FedEx e UPS. “Ainda é cedo para prever os custos da implementação ou as potenciais sinergias, porém ambas as empresas têm desenvolvido um plano para integração que agora poderá ser revelado, após a finalização da etapa de negociações".
A Stifel declara, no entanto, que as integrações em maior escala deverão se mostrar “mais fáceis no planejamento do que na execução, uma vez que ainda há uma série de questões a serem resolvidas, como instalações, equipes, sistemas integração cultural”.
"Ainda é cedo para prever os custos da implementação ou as potenciais sinergias, porém ambas as empresas têm desenvolvido um plano para integração que agora poderá ser revelado, após a finalização da etapa de negociações"Stifel, em declaração à American Shipper
Devido às dificuldades enfrentadas pela TNT ao tentar se manter competitiva e lucrativa durante anos, com baixo investimento nos principais bens de capital, e a operação de uma rede híbrida ineficiente entre os serviços LTL e courier, a FedEx vai precisar investir significativamente em TI e infraestrutura para atingir as margens e os níveis de serviço almejados, ainda de acordo com a Stifel. A empresa espera que os acréscimos à lucratividade ainda sejam mínimos no ano fiscal de 2017, porém acredita que os valores devam aumentar com o passar do tempo se a FedEx conseguir melhorar a densidade da rede operacional e a eficiência das atividades.
Stifel prevê um aumento de EPS (earnings per share) para 2017 e 2018, incluindo a receita anterior da TNT, deduzidos os encargos de reestruturação, além de uma carga tributária menor. “Assim que possível, a empresa deve publicar números preliminares, provavelmente no relatório previsto para 21 de junho”, declara a empresa.
“Os benefícios da compra da TNT serão parcialmente ofuscados pelas estimativas reduzidas da FedEx Freight, devido à retração da indústria e a algumas falhas no sistema de preços, bem como pelas perspectivas não muito animadoras da FedEx Ground, que teve as margens de expansão reduzidas”.
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