Antaq promove leilão nesta quarta para arrendamento de Terminal Granéis Sólidos de Suape

A área a ser licitada tem 72 mil metros quadrados e fica localizada na retroárea do Cais 5. Será destinada à movimentação de granéis vegetais, granéis minerais e carga geral

O Porto de Suape deve dar mais um importante passo no processo de diversificação de cargas em suas operações. Na tarde desta quarta-feira (30), acontecerá na B3, em São Paulo (SP), o leilão do Terminal de Granéis Sólidos de Suape (TGSS), equipamento localizado na retroárea do Cais 5, em um espaço de 72 mil metros quadrados. O projeto deverá render, nos próximos meses, investimentos da ordem de R$ 59,8 milhões ao atracadouro pernambucano. O edital de licitação foi anunciado no início de março pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O valor mínimo de outorga será de R$ 1,00. Além de Suape, o leilão contemplará arrendamentos nos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR).

O terminal a ser licitado, atualmente sob contrato de transição à empresa pernambucana M&G São Caetano, foi projetado para movimentar e armazenar granéis vegetais e minerais, e carga geral. O prazo contratual será de 25 anos, com celebração de contrato previsto neste ano e início das operações em 2024. A área está localizada no porto interno de Suape, na margem oposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS).

A futura empresa arrendatária deverá realizar investimentos para que o terminal seja dotado de capacidade estática mínima total de 12 mil toneladas, além da aquisição de sistemas de recepção rodoviária, sistema transportador de correias e equipamentos equivalentes para garantir a produtividade (prancha média geral) de 549 t/h (toneladas por hora) e 128 t/h, para a movimentação de coque de petróleo e açúcar ensacado, respectivamente.

“O Complexo Industrial Portuário de Suape vem passando por um importante momento de desenvolvimento, o que nos coloca com perspectivas positivas de grandes projeções econômicas na operação portuária e, sobretudo, na geração de novos postos de trabalho. Sem dúvida, o terminal de granéis sólidos está integrado a este momento de crescimento. Isso porque estamos falando na capacidade de Suape aumentar sua movimentação de carga e armazenagem de produtos que são importantes matérias-primas da produção industrial do País, como o milho, feijão, cevada, malte e fertilizantes”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio.

“Com este novo arrendamento, Suape vai dar um passo importante para diversificação de cargas e aumento significativo na movimentação portuária. Hoje, já há uma grande demanda para produtos como coque de petróleo e açúcar ensacado e a nossa expectativa é que o leque seja ampliado para novos granéis como a barrilha, matéria prima para a fabricação do vidro”, pontua o diretor-presidente da estatal, Roberto Gusmão.

Regularizado e cumprindo todas as exigências de licenciamento ambiental, o TGSS funciona por meio da operação do shiploader, equipamento portuário utilizado no transporte de granéis dos armazéns para os navios. O terminal voltou a operar desde junho do ano passado. O espaço foi oferecido para contratação sob o regime de transição após a devolução da área pela Agrovia do Nordeste e autorização da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA). A M&G São Caetano participou do chamamento público em 2020 e ofereceu o maior preço do certame transitório. O terminal tem capacidade para movimentar de 500 a 600 mil toneladas de carga por ano. O certame será transmitido ao vivo pelos seguintes endereços eletrônicos: tvb3.com.br e youtube/CanalANTAQ

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Guia Marítimo. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.