Porto de Salvador deve dobrar capacidade com financiamento de R$ 848 milhões do BNDES
Projeto autorizado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM) amplia capacidade do porto e reforça política do governo federal para modernizar a infraestrutura portuária
O Fundo da Marinha Mercante é um instrumento financeiro administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e operado por bancos públicos, como o BNDES. Os recursos são do Fundo da Marinha Mercante (FMM). O projeto havia sido autorizado em 2024, durante a 56ª reunião ordinária do Conselho Diretor do Fundo (CDFMM), vinculado ao Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).
O financiamento permitirá a expansão do pátio de armazenagem, a aquisição de novos equipamentos e a execução de obras de infraestrutura e modernização tecnológica, reforçando a eficiência e a sustentabilidade das operações portuárias. Com as melhorias, o terminal terá capacidade dobrada de movimentação, passando dos atuais 553 mil para mais de 1 milhão de TEUs por ano (unidade equivalente a um contêiner padrão). O número de movimentos de carga no cais também deve crescer, saltando de 70 para mais de 100 contêineres por hora.
Os investimentos consolidam o Porto de Salvador como um dos principais terminais de contêineres do Nordeste, com impacto direto na geração de emprego e renda na Bahia e no fortalecimento da competitividade do comércio exterior brasileiro.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “A expansão do terminal de Salvador contribuirá para reduzir gargalos logísticos, fortalecer a integração comercial entre Estados das Regiões Nordeste, Centro-Oeste e parte do Sudeste e do Norte, sobretudo Bahia, Minas Gerais, Goiás e Tocantins, e os mercados externos, além de ampliar a competitividade das exportações nacionais”.
O empreendimento também reforça o papel estratégico do governo federal, por meio do MPor, na coordenação de políticas que conectam desenvolvimento regional, modernização portuária e sustentabilidade ambiental.
Fundo da Marinha Mercante
O projeto do Tecon Salvador foi priorizado pelo Conselho Diretor do FMM em 2024, o que garantiu à empresa o direito de buscar o financiamento no BNDES (instituição credenciada ao fundo). Após a devida análise técnica e financeira das condições do projeto, o banco aprovou, em 2025, a operação de crédito.
Essa sequência, priorização e contratação do financiamento, é uma etapa essencial da política de fomento à indústria naval e portuária do FMM. Enquanto a priorização é um ato de reconhecimento técnico e estratégico, a aprovação pela instituição financeira representa o início efetivo da execução do investimento, com a liberação dos recursos previstos.
O Fundo da Marinha Mercante é um instrumento financeiro administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e operado por bancos públicos, como o BNDES. Tem como finalidade financiar a construção, modernização, ampliação e reparo de embarcações e estaleiros brasileiros, além de projetos logísticos e portuários que impulsionem o transporte aquaviário no país.
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