Limite do teor de enxofre dos combustíveis marítimos é definido

A diferença entre 2020 e 2025 representaria cerca de 200 mil mortes

A IMO (Organização Marítima Internacional) se reuniu essa semana para debater um conjunto de normas para emissão de poluentes no transporte marítimo. (Leia no Guia). Ontem, quinta-feira, (27), a organização confirmou o ano de 2020 como data de início da limitação do teor de enxofre dos combustíveis usados no transporte marítimo em todo o mundo. A ação deve passar de 3,5% para 0,5% a partir de 1 de janeiro daquele ano.

Em 2008 o corte global da quantidade de enxofre no combustível naval havia sido aprovado por unanimidade pela primeira vez. Porém a data de implementação estava condicionada aos resultados de um estudo para determinar a disponibilidade de combustível abaixo do teor de enxofre de 0,5% em quantidades suficientes até 2020. A análise, encomendada pela IMO e finalizada em agosto passado, mostra que em todos os cenários e opções de sensibilidade consideradas, haverá combustível limpo suficiente disponível em 2020, abrindo o caminho para a nova decisão.

Havia a opção de adiar esse corte até 2025, o que traria sérios impactos para a saúde humana, de acordo com um estudo recém-divulgado por um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos e da Finlândia. De acordo com eles, a diferença entre 2020 e 2025 representaria cerca de 200 mil mortes prematuras devido às doenças causadas pelo enxofre, como câncer de pulmão e problemas cardíacos, principalmente nas comunidades costeiras no mundo em desenvolvimento.

De acordo com a IMO, com a decisão isso evitaria 134.650 mortes prematuras na Ásia, 32.100 na África e 20.800 na América Latina.

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