Projeto S11D da Vale entrará em operação em janeiro de 2017

Estrutura ferroviária para escoamento representou investimento de US$ 7,9 bilhões

Na última sexta-feira (9), a Vale anunciou que obteve do Ibama a Licença de Operação para a mina e a usina do projeto S11D, o maior projeto de minério de ferro da história da empresa e da indústria da mineração, em Canaã dos Carajás, no Sudeste do Pará.

Com a autorização, o empreendimento entrará em operação comercial em janeiro de 2017. Os investimentos totais são de US$ 14,3 bilhões - US$ 6,4 bi, aplicados na implantação da mina e da usina, e US$ 7,9 bi, referentes à construção de um ramal ferroviário de 101 quilômetros, à expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e à ampliação do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA)

O ramal ferroviário foi inaugurado em outubro, com a circulação do primeiro trem vazio com 330 vagões por toda a extensão do trecho, incluindo a pera ferroviária. Em novembro, o novo berço do Píer IV, em Ponta da Madeira, iniciou o comissionamento com carga, com o carregamento de três navios VLOC.

Meio Ambiente

A empresa informa que tanto a usina quanto os pátios de estocagem e regularização de minério, as pilhas de estéril e canga (minério de ferro com teor mais alto de contaminantes) e a área de manobra e carregamento de trens ficam em antigas áreas de pastagem, e fora da Flonaca, a Floresta Nacional de Carajás, unidade de conservação criada em fevereiro de 1988, que a própria empresa ajuda a proteger.

Dos 412 mil hectares da Flonaca, a Vale espera que a implantação e as atividades de mineração do S11D interfiram em apenas 4% do espaço, que tem parte da área atualmente em reabilitação, e integra um programa de conectividade de fragmentos florestais, um trabalho realizado em parceria com o ITV (Instituto Tecnológico Vale), com acompanhamento do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e do Ibama.

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