2016: o ano das incertezas

Crise política, econômica instalada no Brasil, turbulências que devem afetar todas as áreas produtivas, como indústria, comércio, construção civil e serviços. 2016 será marcado por incertezas, que impedem previsões otimistas nos próximos 12 meses

Redação


download (2)O Banco Central projetou que em 2016 a inflação anual deve ficar em torno de 7%, e declinando. Já o PIB deve ter uma nova queda, de 1,9%, em relação a 2015. A taxa básica de juros deve ficar em 14,25% durante o ano que se inicia, e o dólar subindo. Aliada a tudo isso, a carga tributária deve aumentar com a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), os reajustes nas tarifas de serviços básicos de infraestrutura, como luz, água, transporte, devem continuar.


Na opinião de Ricardo Martins, diretor da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), no Brasil, quando a queda de confiança é generalizada como acontece agora, o indício é que algo mais preocupante ainda venha a ocorrer. “É preciso uma imediata correção de rumos antes que o cenário piore e o País mergulhe numa crise sem volta”, disse.


Para a indústria e para a construção civil, o cenário também é de instabilidade devido à queda do PIB. “As perspectivas desanimadoras duram até o segundo semestre”, pondera Martins. Segundo ele, serão necessários ajustes de rotas, com abertura de novos mercados, inovação, qualificação de profissionais, redução de custos e fortalecimento de parcerias para superar a crise.


Empresários e trabalhadores pagaram, em 2015, alto pela volta do desenvolvimento econômico, segundo Martins. “Enquanto isso, o governo sequer fez sua lição de casa para reduzir gastos e reestruturar a máquina administrativa. Preferiu aumentar a arrecadação ao invés de cortar despesas”.


Para ele, o empresário brasileiro precisa de uma injeção de ânimo. “Motivação é uma espécie de estado mental ou emocional que coloca o indivíduo em movimento”, finaliza. Apesar de pouco utilizada pelas empresas, o ingrediente deve ganhar espaço gradualmente e se tornar um elemento estratégico para impulsionar os negócios, principalmente, nos momentos de crise.


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