O armazém mais antigo da ADM, empresa instalada no Porto de Santos, terá seus 11 mil metros quadrados ocupados por um dos mais modernos armazéns de grãos do cais santista. O terminal que está investindo em tecnologia a favor do meio ambiente, começou seu processo de modernização em janeiro deste ano. A previsão é que ele deva ser concluído em fevereiro de 2017.

O objetivo principal é reduzir em 70% ou 80% a redução de pó no terminal santista. Mil empregos indiretos serão gerados durante a obra. A expectativa é aumentar também o quadro de funcionários quando o novo armazém estiver funcionando.

Segundo Eduardo Rodrigues, diretor de logística e portos da ADM, a tecnologia usada ainda não existe no Brasil. “A ADM correu o mundo inteiro para achar o que tinha de melhor na tecnologia do shiploaders, uma tecnologia inglesa que é utilizada para cimento e reduz ao máximo a emissão de pó para o meio ambiente. E nós estamos trazendo isso para os grãos”.

Dois shiploaders, equipamentos que levam os produtos até o navio, vão operar no terminal de Santos. Além disso, os locais que descarregam os vagões e os caminhões também serão fechados com cortinas automáticas, o que evitará uma grande emissão de pó em contato com o meio ambiente. Rodrigues afirmou também que serão utilizadas ‘lamelas inteligentes’. “Estamos confinando toda a emissão de pó no terminal, porque entendemos que é uma necessidade da sociedade e é um dever nosso como empresa”, completa.

O consultor portuário Sérgio Aquino afirmou que as obras de expansão vieram em ótima hora. “Esses investimentos são fundamentais para a sobrevivência e competitividade do Porto de Santos. É uma forma de superar a crise com investimento em infraestrutura portuária, que gera resultados a médio e longo prazo”, disse ele.