Ceva: novidades e outros caminhos para 2016

Companhia mira em outros setores, com crise no automotivo, mas apresenta bons resultados globais em 2015

Em reunião fechada para alguns jornalistas, a Ceva Logistics apresentou na última quinta-feira, (24), algumas novidades para 2016. No cargo de vice-presidente executiva e responsável pela região da América do Sul, Nadia Ribeiro, que já trabalhou anteriormente na Ceva por 13 anos e retornou em fevereiro para a companhia, disse que a empresa continua investindo no Brasil, “mesmo com um cenário econômico instável”.
Nadia Ribeiro_CEVANadia apontou a receita global de US$ 7 bilhões em 2015 como resultado positivo da nova estratégia da empresa lançada no ano passado. “Das 17 regiões em que estamos divididos, 15 apresentaram o desempenho esperado ou acima das expectativas em 2015, o que mostra que o modelo operacional está funcionando. Vemos também várias oportunidades para melhorar ainda mais o nosso EBITDA em 2016, impulsionado por investimentos contínuos em nossas equipes de vendas em campo”, explicou. Mas ressaltou que o cenário da logística como um todo não é positiva “mas cabe a nós fazer isso mudar”. E afirma que vê nesse ano oportunidades para melhorar ainda mais. Um dos motivos é o novo Centro de Excelência Logística situado dentro da nova sede da companhia, em São Paulo.
download (4) Conforme explicou o vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Ceva na América do Sul, Fabio Mendunekas, o novo centro é uma forma de o cliente interagir com os serviços oferecidos pela Ceva “in loco”. Com tecnologia de ponta e sistemas operacionais inteligentes, Mendunekas apresentou a visão end-to-end das operações, visão essa que o cliente pode ter acesso em uma área dedicada, experimentando com exclusividade, as ferramentas e metodologias que a empresa aplica para aperfeiçoar as cadeias de suprimentos e criar vantagem competitiva. “Vamos utilizá-lo também para desenvolvimento de novos talentos profissionais, além de oferecer as melhores tecnologias e soluções para a cadeia de suprimentos”, afirmou.
Outros setores A crise trouxe ainda para a Ceva oportunidade ou a necessidade de adequação em outros setores. Com foco sempre direcionado para o setor automotivo – que hoje representa 40% da companhia - Nadia Ribeiro apontou que outros segmentos deverão aumentar sua participação na composição da receita da economia esse ano. “O crescimento ficará em torno de 10% e 15% na América do Sul, sendo que o Brasil responde por 70%”. A mira, seriam nos setores como o de energia, incluindo os segmentos solar e eólico, health care (farmácia e cosméticos), além de tecnologia e bens de consumo.
Mendunekas lembrou ainda que o escopo de serviços da empresa é amplo e completo, e apontou “que mesmo com volumes menores, vamos continuar gerando novos clientes da cadeia automotiva e até mesmo ampliando a oferta dos pacotes de gerenciamento para os que já são clientes”. Além disso, o momento favorável do câmbio começa a atrair mais empresas para as exportações: “As margens ainda são menores, mas os volumes cada vez maiores e o aumento dessa atividade acabam compensando as baixas do mercado interno”, comenta Nadia.
Mendunekas finalizou dizendo ainda ter percebido um maior movimento na atividade, de empresas do setor automotivo, inclusive, que começaram a exportar, algo que não faziam antes. Segundo Nadia, as exportações totais gerenciadas pela empresa devem crescer em torno de 10% a 12% a partir do Brasil. “Para este ano, estamos voltados para ampliar os negócios em exportações de commodities (em contêineres) e também em alguns manufaturados”, finalizou.

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