CSN congela venda do terminal de containers

Buscando um sócio o ano todo o negócio agora deve ser fechado só em 2017

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) mudou de estratégia e congelou a venda neste ano de uma parcela do capital do terminal de containers Sepetiba Tecon, em Itaguaí (RJ). Buscando um sócio o ano todo o negócio agora deve ser fechado só em 2017.

Um dos motivos seriam os preços não terem chegado ao que Benjamin Steinbruch, o dono da siderúrgica, gostaria, devido à retração dos volumes de comércio exterior. A empresa não quer mais sair do negócio e pretende, inclusive, investir em outros terminais de containers.

De acordo com dados da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviário) em julho os terminais especializados no segmento de containers - Sepetiba Tecon, Libra e Multiterminais - escoaram juntos 36,65 mil Teus, queda de 24% sobre o mesmo período do ano passado.

De fato, os três sozinhos conseguiriam abarcar sozinhos esse volume. Uma empresa contratada pela CSN em 2015 avaliou o Sepetiba Tecon entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão. Ao longo deste ano, a companhia manteve conversas com vários interessados, mas sem oferta vinculante. Em agosto chegou a restringir para três o número de interessados: a líder mundial de terminais PSA, de Cingapura; a Terminal Link (ligada ao armador francês CMA CGM); e a brasileira Multiterminais. Agora também a Terminal Investment Limited (TIL), operadora de terminais ligada ao armador MSC, demonstrou interesse no ativo.

Até o mês de abril, cinco propostas estavam no páreo, entre elas a da brasileira TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá) e a do grupo turco Yildirim. A venda faz parte da estratégia da CSN para reduzir a dívida líquida ajustada, que encerrou o semestre em R$ 25,8 bilhões. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e o Ebitda, fechou em 8,3 vezes.

Procurada a CSN não quis comentar sobre o assunto.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Guia Marítimo. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.