Menos tributos sobre a exportação

Para ministro das Relações Exteriores “é preciso diminuir o custo Brasil" para atingir tais objetivos

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, defendeu uma maior aproximação comercial brasileira com China, África e Irã e destacou a necessidade de uma menor tributação sobre as exportações. “A China é "prioridade" e criaremos uma área específica dentro da Apex para negociar com os chineses”, disse, ressaltando que a China deslocou a curva de demanda por alimentos para cima. “Vamos dar ênfase para isso", disse o ministro.

A África Subsaariana, entre 2000 a 2010, cresceu a uma taxa que foi o dobro da América do Sul. Entre 2010 e 2016, foi três vezes maior. “É um mercado muito importante", afirmou, citando a Nigéria como um país do qual o Brasil compra "muito petróleo, mas para quem vendemos quase nada".

O Irã, segundo ele, "tem um potencial imenso" depois do fim das sanções comerciais. Serra disse que no mês passado foi enviada uma missão formada por membros do BNDES e do Ministério de Relações Exteriores para iniciar uma maior aproximação comercial. O ministro elogiou a transferência da Apex para o Itamaraty e a da Câmara de Comércio Exterior (Camex) para a Presidência da República, classificando-as como "mudanças importantes".

Elogiando a agricultura brasileira, responsável por 20% do PIB e 40% das exportações, o ministro disse que "não há contradição" entre incentivar a venda para o exterior de produtos agrícolas e diversificar a pauta de exportação. E ressaltou que o dilema não é exportar manufaturados, produtos agrícolas ou minerais. “Isso é perfeitamente compatível. Os Estados Unidos são um exemplo nesse sentido. Temos que exportar aviões e soja", disse.

Para alcançar esse objetivo, Serra defendeu que haja menos impostos sobre as exportações brasileiras, e ressaltou que uma menor incidência de tributos já traria efeitos positivos no curto prazo. "Precisamos diminuir o custo Brasil", disse. Ele não detalhou, no entanto, quais mudanças poderiam ser essas.

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