Há rumores de que a MSC fez uma oferta por 60% do capital da ITA, sucessora da Alitalia, companhia aérea estatal italiana. As reportagens da imprensa sugerem que a combinação da Lufthansa e da MSC é a principal equipe de investimentos da ITA, com a Lufthansa pretendendo oferecer a compra de 20% do capital e da MSC 60%, enquanto o Estado italiano reterá 20%.

Sem informar suas fontes, a agência de notícias Reuters disse que há dois outros grupos de investidores que concorrem ao ITA, incluindo uma empresa de investimentos dos EUA que está trabalhando com a Air France-KLM e a Delta Airlines, embora a Delta tenha dito que não fará contribuições financeiras ao ITA.

Há rumores de que a Indigo Partners, que é outro investidor baseado nos EUA com exposição ao setor aéreo, também está interessada, embora nada disso seja confirmado. A oferta MSC/Lufthansa é considerada a equipe favorita no momento. A licitação para investimento no ITA estava prevista para ser encerrada na segunda-feira, 30 de maio.

Rumores em torno da Lufthansa/MSC têm circulado nos últimos seis meses. O que é novo é o relatório de que a MSC buscará 60% do capital, efetivamente dando à empresa com sede em Genebra o controle acionário, supondo que a participação do governo italiano não seja privilegiada de alguma forma.

Air France-KLM e CMA CGM unem forças e assinam parceria estratégica de longo prazo em carga aérea global

É difícil não ver a oferta da MSC por uma companhia aérea como uma reposta ao investimento da gigante da navegação CMA CGM na Air France-KLM. Também faz perguntas sobre o relacionamento da MSC com a Lufthansa. Embora seja útil para a MSC ter a opção de usar o ITA como plataforma para operações de carga e outras cargas, a MSC também terá um relacionamento com a Lufthansa, que é uma importante fornecedora de carga aérea.

Será que a MSC está procurando ter um relacionamento com a Lufthansa, possivelmente atuando como um comerciante de sua capacidade de carga da mesma forma que a CMA CGM está procurando comercializar a capacidade da Air France?

O que parece provável é que esses dois provedores de logística baseados em transporte marítimo estejam buscando ter um impacto significativo na estrutura do mercado de frete aéreo.

Fonte: Transport Intelligence