PPIs e a Infraestrutura no Brasil
Executivo mostra seu otimismo e confiança no País
Apesar do momento de transição política e econômica que o País está atravessando, Andre Clark Juliano, diretor presidente da Acciona no Brasil, mostra uma perspectiva positiva para os investimentos em infraestrutura no Brasil a partir de 2017. Segundo o executivo, o Brasil atravessa uma fase de transição, mas esse processo é visto por ele com profundo otimismo. “O País tem grande capacidade de reunir profissionais, tanto do setor público, quanto do privado, que assumam papéis críticos e enfrentem a dificuldade deste momento, garantindo uma melhora futura”, afirmou Clark.
Para ele, o momento pede que os empresários se organizem de forma rigorosa, no sentido de defenderem agendas horizontais na interlocução com o Estado, para que os investimentos caminhem em harmonia na esfera pública e privada. “O grande desafio é encontrarmos o equilíbrio nesta relação entre governo e empresas”, ponderou.
Como diretor e membro do comitê consultivo da ABDIB, Clark afirmou que a Acciona, dona de uma concessão de rodovia há oito anos e de uma obra de saneamento há dois, encontrou no Brasil uma perspectiva positiva fundamental, e vê positivamente iniciativas do Governo Federal, como o PPI (Programa de Parcerias para Investimentos), que pretende destinar 34 projetos de infraestrutura à concessão da iniciativa privada.
Mais uma vez ele salientou seu otimismo e disse “que o Estado decide colocar no centro da discussão o investidor de infraestrutura”, e definiu que esse procura uma alocação de longo prazo, geralmente os fundos de pensão e soberanos, resumindo: o cidadão. “A infraestrutura está no centro da questão da cidadania, e alavancar investimentos para este setor é melhorar a prestação de serviços para o cidadão, além de impulsionar a geração de empregos”, acrescentou.
Para que os investimentos em infraestrutura aconteçam e tenham bons resultados, ele disse ainda ser importante que algumas questões sejam equacionadas ou aperfeiçoadas. Questões essas, segundo ele, como a necessidade de previsibilidade jurídica e de cumprimento dos contratos. As novas concessões também foram citadas como um risco que está sob controle. “O que inclui a separação do papel dos tribunais daquele dos órgãos reguladores, em um cenário no qual a intervenção dos tribunais tem gerado insegurança -, e o aperfeiçoamento da legislação ambiental – seja com a aprovação da nova lei de licenciamento ambiental, que está em tramitação o Congresso e já recebeu inúmeros substitutivos, como da melhoria nos processos de concessão de licenças, o que passa pela maior integração entre as diversas instâncias governamentais e a maior celeridade de licenciamentos na segunda etapa”, disse.
E finalizou salientando que “estas são questões que estão avançando, com revisão de processos e da legislação, e que darão mais segurança aos investidores, em um cenário positivo para a infraestrutura no Brasil”, concluiu Clark.
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