Safra de grãos deve ser 1,5% menor que a de 2015

IBGE aponta arroz, milho e soja como os três principais produtos do grupo, que, somados, representaram 92,9% da estimativa da produção

A safra de grãos deve cair 1,5% em 2016 em relação ao ano anterior, de acordo com estimativa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A previsão é de 205,4 milhões de toneladas, uma queda de 4 milhões de toneladas em relação à safra de 2015.

Com estimativa de produção 2,2% menor que a feita em março, a área a ser colhida apresentou avanço em comparação com 2015. A estimativa é de 58,5 milhões de hectares, o que representa alta de 1,6% em comparação com a área colhida em 2015, de 57,6 milhões de hectares. Em comparação com março, a área estimada aumentou 0,3%.

Segundo o IBGE, o arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,9% da estimativa da produção e responderam por 87,1% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,9% na área da soja e de 2,9% na área do milho, na área de arroz houve redução de 7,7%. No que se refere à produção, houve aumento de 1,3% para a soja e reduções de 7,6% para o arroz e de 5,0% para o milho.

Vale ressaltar que a maior queda esperada na comparação com 2015 é a do girassol em grão, que deve apresentar recuo de 33,3% na produção segundo a estimativa do IBGE. Já a maior alta esperada é a do amendoim em casca, 1ª safra, que deve ter avanço de 19,4%.

Efeitos

Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam que “a falta de chuvas resultou na redução da produtividade das safras de soja e milho”, prejudicando o resultado da produção nacional. A companhia destaca ainda que o milho foi o principal impulsionador da queda, fortemente prejudicado pela seca do mês de abril.

A soja, responsável por 47,9% da produção nacional de grãos, mesmo afetada pelo clima, registrará produção superior à da safra passada em virtude do crescimento de 3,1% na área cultivada. Para o arroz, milho primeira safra e algodão pluma, a produção apresenta problemas por causa da redução na área plantada.

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