Wilson Sons registra lucro superior a R$ 143 milhões no primeiro trimestre de 2022, superando em 437% o mesmo período de 2021

A Wilson Sons registrou lucro líquido acima de R$ 143 milhões no primeiro trimestre de 2022, superando em 437% o mesmo período de 2021. Os resultados financeiros da companhia foram divulgados na sexta-feira (13/05), após o fechamento do mercado brasileiro (B3).

O crescimento de 437% no lucro líquido foi beneficiado pela variação cambial deste trimestre, uma vez que o real valorizou 15%. Mas mesmo excluindo os efeitos cambiais, a companhia apresentou um lucro líquido robusto de R$ 80 milhões, um crescimento de 71% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

As receitas líquidas em reais também apresentaram crescimento. O aumento foi de mais de 4% no trimestre, na comparação com o mesmo período de 2021. O desempenho financeiro foi superior ao desempenho operacional, com o aumento das receitas de armazenagem nos terminais, o aumento nas exportações e importações para a divisão de logística internacional, a Allink, o aumento na receita média por manobra portuária em rebocadores e os novos contratos nas bases de apoio offshore. Com o aumento do nível de preços nos principais negócios, as receitas líquidas chegaram a R$ 529 milhões.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também subiu para R$ 239 milhões, um crescimento de 4% com resultados robustos de rebocadores. Os resultados de rebocadores foram fortes com aumento da receita média por manobra, apesar da queda no volume operacional, ocasionada, principalmente, pela redução de carga conteinerizada. A receita líquida de rebocadores aumentou para R$ 253,7 milhões no 1T22.

“Estamos satisfeitos por apresentar resultados financeiros resilientes, neste primeiro trimestre do ano, mesmo diante do cenário desafiador que se apresenta para 2022, com o agravamento da crise da cadeia de suprimentos e pressões inflacionárias”, destaca Fernando Salek, CEO da Wilson Sons.

Segurança e sustentabilidade - Em relação a um dos temas mais relevantes para a empresa, a Wilson Sons encerra o primeiro trimestre de 2022 com bons índices. A taxa de frequência de acidentes com afastamento fechou o período acumulado de 12 meses em 0,23 incidentes por um milhão de horas trabalhadas, patamar abaixo do último trimestre, o que confirma o compromisso da empresa com a segurança de seus colaboradores.

Na agenda ESG, a companhia registrou um importante avanço, com a divulgação do primeiro relatório de sustentabilidade da Wilson Sons. A publicação demonstra o amadurecimento da empresa em relação à pauta de práticas ambientais, sociais e de governança corporativa, que ganha cada dia mais relevância no cenário mundial.

Destaques - Os portos de Salvador e Rio Grande foram os únicos do país a figurar no ranking do Índice Global de Desempenho Portuário de Contêineres, divulgado pelo Banco Mundial e IHS Markit.

“A boa colocação nesta lista de portos mais eficientes é motivo de comemoração para a Wilson Sons”, afirma a CFO da companhia, Fabricia Souza.

As receitas de rebocagem subiram 2,9%, para R$ 253,7 milhões, com o aumento da receita média por manobra, que foi maior 9,7% em relação ao período comparativo. As manobras portuárias, principalmente em contêineres, apresentaram ligeira queda, que foi parcialmente compensada por maiores volumes de commodities.

O segmento de embarcações de apoio offshore continua apresentando recuperação. O aumento das receitas líquidas foi de mais de 26%, com um aumento dos dias de operação em 12% e um aumento da diária média em relação ao período comparativo.

Outro segmento que merece destaque no trimestre é a Allink. A divisão de logística internacional da Wilson Sons apresentou um aumento de quase 73% acima do primeiro trimestre de 2021 na receita líquida, chegando a R$ 41,3 milhões. O segmento foi beneficiado pela alta demanda e melhores receitas tanto com os armadores quanto com os terminais.

Para aumentar a liquidez da companhia, a Wilson Sons implementou este mês, após aprovação na última assembleia geral ordinária e extraordinária, ocorrida no dia 26 de abril de 2022. O desdobramento das ações da companhia de uma para seis ações da mesma espécie. Com essa iniciativa, a companhia busca não apenas melhorar a liquidez das ações, deixando os lotes mais acessíveis para pessoas físicas e outros investidores, mas também possibilitar um ajuste na sua cotação, tornando o preço por ação mais atrativo e acessível a um número maior de investidores.

Outro destaque foi o pagamento de dividendos, referente aos resultados de 2021, no montante de 2,68 por ação equivalente a quase R$ 196 milhões, com um dividend yield de 4,5% e em linha com o mercado.

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