Itajaí realça a necessidade de obras para receber navios maiores
Desde a assinatura do contrato da Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí, em março de 2015, o porto aposta na realização de obras para melhoria da competitividade do estado no comércio exterior brasileiro
Depois de esperar nove meses a contar da assinatura do contrato para realização de obras de expansão, autoridades e operadores portuários do Porto de Itajaí finalmente tiveram boas notícias em dezembro de 2015, com a assinatura da licença ambiental para início da primeira fase de obras, tão aguardada por Santa Catarina para melhoria da competitividade do Estado no comércio exterior brasileiro. Custeada pelo governo estadual, e com valor estimado em R$ 105 milhões, a obra possibilitará ao Complexo de Itajaí operar navios com até 335 metros de comprimento e 48 de boca. Atualmente, o porto limita-se a operar navios com o comprimento máximo de 306 metros.
Antonio Ayres dos Santos Junior, superintendente do Porto de Itajaí, frisou que a obra é fundamental para a manutenção de Itajaí no mercado, num momento em que os armadores estão otimizando seus serviços e ampliando os tamanhos dos navios. “Itajaí e Navegantes movimentam cerca de 1,1 milhão de Teus por ano, o que nos coloca na segunda posição do ranking nacional de movimentação de cargas conteinerizadas, atrás apenas de Santos. Sem as obras essa condição estaria perdida”, disse ele.
No dia 1° de dezembro, o governador Raimundo Colombo, juntamente com o presidente da Fundação do Meio Ambiente, Alexandre Waltrick Rates, entregaram a Licença Ambiental de Instalação - LAI da primeira fase da obra de reestruturação do canal de navegação do Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açú.
O projeto envolve, em sua primeira fase, a retirada das guias correntes em frente ao Saco da Fazenda, nas margens de Itajaí e Navegantes, e a dragagem da nova bacia no local, com diâmetro de 530 metros e profundidade de 13 metros. O volume estimado de pedras a ser removido é de 463.140,39 metros cúbicos, com prazo para a conclusão de 18 meses.
A segunda fase é esperada para 2016/17, quando serão aplicados investimentos de aproximadamente R$ 240 milhões pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). Após a conclusão dessa segunda fase, o Complexo poderá operar cargueiros de até 365 metros, o que inclui a realocação do molhe norte, de modo a possibilitar a expansão do canal para oferecer largura de 220 metros, ampliação da nova bacia de evolução (no Saco da Fazenda) e dragagens na bacia e canais de acesso.
“A nova bacia de evolução possibilitará a entrada de embarcações mais carregadas e maiores, que já estão circulando na costa brasileira. Hoje, o Complexo Portuário movimenta 70% da corrente de comércio catarinense e esta obra é mais do que necessária”, disse Osmari de Castilho Ribas, diretor-superintendente administrativo da Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes.
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