Porto do Rio de Janeiro terá moderna sinalização náutica em canal de acesso
Foi aprovada a versão final do projeto de sinalização náutica para o Canal de Cotunduba (conhecido por Canal Varrido), principal acesso aquaviário ao Porto do Rio de Janeiro para navios de grande porte, dada sua característica de profundidade natural mais elevada. O novo balizamento deverá promover uma navegação mais segura e eficiente das embarcações, especialmente no período noturno, viabilizando assim as operações de carga durante a noite.
Os últimos detalhes foram discutidos no dia 19, na sede da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), durante reunião do Grupo de Trabalho formado por representantes da CDRJ, da Marinha do Brasil (MB), da Praticagem e dos Terminais de Contêineres. O trabalho, elaborado pela empresa de assessoria técnica Precursore, considerou as normas vigentes da MB, responsável pela segurança do tráfego aquaviário na Baía de Guanabara. O próximo passo será justamente a apreciação e a aprovação do projeto pela Autoridade Marítima (AM), pois em virtude das alterações propostas no balizamento, será necessária a atualização das cartas náuticas.
Segundo o Gestor do VTMIS (Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações) do Porto do Rio de Janeiro, Marcelo Villas-Bôas, “a expectativa é de que o processo seja rápido e que o novo balizamento já esteja estabelecido em cerca de três meses. ” Villas-Bôas explica ainda que, “para um calado operacional máximo de 15,85m, será possível a navegação segura, no Canal de Cotunduba, de navios maiores com até 349m de LOA e 48,5m de boca, o que vai gerar mais dinamismo e rentabilidade para as operações dos terminais conteineiros. ”
O projeto prevê a inclusão de transceptores de AIS AtoN nas duas boias hoje existentes e o fundeio de três boias articuladas semissubmersíveis (BAS) com o mesmo dispositivo. Os equipamentos de AIS fornecerão informações precisas para os navios sobre o posicionamento das boias. Foram analisados também o novo traçado geométrico do canal e as condicionantes ambientais do local. Além do alargamento do canal e de uma maior precisão na sua delimitação, a fim de diminuir o risco de acidentes, haverá um ganho em inovação tecnológica e a redução dos custos de manutenção.
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