Batismo de navio da Mercosul Line também contempla nomeação de nova CEO
Em entrevista exclusiva ao Guia Marítimo News Cristiane Marsillac falou sobre a cabotagem e novas oportunidades
A Mersosul Line realizou no final da tarde de ontem, quarta-feira (13), o batismo do seu mais novo navio de cabotagem, o Mercosul Itajaí. Com investimento de R$ 200 milhões a companhia expande sua frota para quatro embarcações e cria uma nova rota conhecida como Sling Two que oferecerá paradas nos portos de Buenos Aires (Argentina), Rio Grande (RS), Navegantes (SC), Santos (SP), Suape (PE), Fortaleza (CE) e Salvador (BA).
“O investimento no navio novo é expressivo e a nossa expectativa e compromisso, além do desafio é trazer novos mercados para ele e cargas novas, seja de Rio Grande ou Buenos Aires”, disse a nova CEO da Mercosul Line, Cristiane Marsillac.
A engenheira naval que volta as origens de sua carreira, trabalhando na área de transporte de containers conta ainda que a companhia busca fortalecer ainda mais sua atuação no mercado Sudeste - Nordeste que tem muita conversão do rodoviário para a cabotagem. “Essa conexão da costa brasileira com os serviços da sealand que é a malha de serviços da América do Norte, América do Sul e América Central que nós atendemos, também está no nosso escopo de ampliação. Queremos aumentar ainda mais essa oferta de carga e volumes para esses serviços”.“A cabotagem é uma solução integrada, um porta a porta que traz uma solução logística. Ainda trazendo benefícios como o menor custo de avaria, ser mais seguro e sustentável”.
Para Marsillac, a cabotagem representa um caminho e uma ferramenta de grande importância para a competitividade não só de seus clientes, mas do setor. “A cabotagem apresenta benefícios gigantescos comparados com outros modais e permite nesse momento que o mercado está enfraquecido que os clientes possam procurar outra solução mais competitiva para que eles também possam ser mais competitivos”, ressaltando ainda que o setor rodoviário também se beneficia com o modal no quesito pequenas distâncias.
A CEO lembra ainda que a cabotagem vem se desenvolvendo e chamando a atenção de empresas que antes desconheciam o modal. “A cabotagem requisita um certo planejamento inicial, você vai redesenhar seu processo colocando o marítimo e na hora que você tem um mercado como esse o cliente se interessa e depois que ele migra, ele não sai mais”.
Para a executiva, o processo de cabotagem representa uma oportunidade de oferecer uma logística mais sofisticada e melhor para o meio-ambiente. “A cabotagem é uma causa; um produto de nicho e muito especial para o mercado brasileiro. Oferecemos soluções e oportunidades de transporte com custo-benefício maior em um momento desafiador enquanto os clientes procuram soluções para suas cargas”, analisou a executiva dizendo ainda que quer fazer parte de uma história de crescimento, trazer novos mercados para os clientes. “Estamos com um investimento novo e expressivo, trabalhando para aumentar os volumes e expandir o trade em novas geografias”, finalizou.
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