Praticagem de Pernambuco desenvolve segundo PPU mais avançado do mundo

Equipamento auxilia as manobras de navios e está em fase de testes no Porto de Suape

A Praticagem de Pernambuco tem se empenhado em garantir a segurança da navegação e contribuir com a competitividade do Porto de Suape. E foi na busca por soluções focadas em inovação que o grupo desenvolveu um equipamento para auxiliar as manobras de atracação e desatracação. O Portable Pilot Unit (PPU) dispõe de sensores altamente precisos e indica com exatidão centimétrica os parâmetros de movimento da embarcação, de forma superior e independente dos sistemas de bordo. Já em testes, o PPU pode ser adaptado para as necessidades de cada praticagem nos portos do País.

Em conjunto com a Navigandi, empresa spin-off do Laboratório Tanque de Provas Numérico da USP (TPN-USP) fundada em 2018, a Praticagem de Pernambuco colaborou com o desenvolvimento do Orbis Navigandi, equipamento de apoio às manobras. O Orbis é um PPU desenvolvido especificamente para atender os desafios dos portos brasileiros e é o segundo mais avançado do mundo. A montagem do aparelho leva apenas dois minutos e permite ao prático já embarcar manobrando o navio.

“Nossa atividade tem a missão de garantir a segurança da navegação nas zonas de praticagem. Essa tarefa exige busca contínua por soluções técnicas para os desafios que lidamos no dia a dia e muitas delas têm repercussão que beneficia outras partes, mesmo que indiretamente. Há impactos, inclusive, na otimização dos investimentos em novas operações, economia com dragagens e redução no custo do transporte, por exemplo”, afirma Thomás Hatherly, diretor-presidente da Pernambuco Pilots.

“O PPU utilizado pela praticagem confere um grau de segurança e acuracidade em nível internacional, superando qualquer barreira de desconhecimento tecnológico ou de condições meteoceanográficas de Suape. Esse tipo de tecnologia usa com maior eficiência as características naturais do porto, como profundidade e águas tranquilas, assim como garante maior eficiência nas operações”, explica Paulo Coimbra, diretor de Gestão Portuária de Suape.

Os equipamentos disponíveis no mercado são estrangeiros, o que implica em dificuldade de manutenção, atualização e custos muito elevados envolvidos. A importância de contar com essa ferramenta para auxiliar as manobras em navios gigantescos, a exemplo de porta-contêineres de 366 metros, e desenvolver solução personalizada para Pernambuco foram os fatores que resultaram no desenvolvimento do projeto do PPU nacional.

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