ABRATEC aponta a importância do investimento em ferrovia no Porto de Santos

Em painel do 32º Fórum Nacional INAE, associação trouxe as perspectivas para o crescimento do setor de contêineres no cenário pós-pandemia

O Porto de Santos precisa estar preparado para o crescimento de 20% na exportação de granéis sólidos nos próximos 10 anos. Isso só acontecerá com a aplicação do Plano Mestre do Porto de Santos, que inclui o Plano de Zoneamento do local e a construção de uma pera ferroviária para agilizar o fluxo de mercadorias na carga e descarga de navios. Essa é a conclusão da ABRATEC - Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres, presente nesta quinta-feira (04/06) no 32º Fórum Nacional do Instituto Nacional de Altos Estudos - INAE, com Caio Morel como representante.

O painel "Por mais transporte ferroviário para o Porto de Santos" foi transmitido online e integra um conjunto de eventos online sob o título "Como Voltar a crescer após a pandemia". Mediado pelo economista Raul Velloso, o evento virtual também reuniu Fernando Paes, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e Diogo Piloni, Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SPNTA), do Ministério da Infraestrutura.

Em sua participação, Caio Morel trouxe um histórico sobre o segmento de terminais de contêineres, que desde 1997 contou com uma série de investimentos do setor privado. A explanação contou ainda com um panorama sobre os modais de acesso ao Porto de Santos: o aquaviário é considerado bom e conta com planos consistentes de melhorias que vão permitir a operação dos navios "new panamax" de 12.500 TEUs de capacidade, enquanto o acesso terrestre tem problemas que causam gargalos já conhecidos da região, com filas de caminhões nos picos de safra. "O Porto de Santos ainda carece de pátios reguladores e a operação de descarga dos caminhões é morosa", afirma ele. "O Plano Mestre pretende implementar uma remodelação nas vias ferroviárias com a instalação de uma pera ferroviária na margem direita, o que deve aumentar a participação do modal ferroviário no transporte de cargas para o porto, inclusive de contêineres, aliviando o fluxo rodoviário e sustentando o crescimento esperado", disse Morel.

Durante a transmissão, Raul Velloso avaliou que é fundamental corrigir gargalos logísticos para garantir boas condições econômicas e de crescimento para o país. "Este é um segmento que seguramente deverá puxar a retomada, por sua condição especial de crescimento razoável como os números mostram", afirmou.

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